01/06/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
LES DAMES DU BOIS DE BOULOGNE
de Robert Bresson
com Paul Bernard, Maria Casarès, Eléna Labourdette
França, 1944 – 85 min / legendado em português
LE CHATEAU DE POINTILLY
de Ado Arrietta
com Xavier Grandès, Françoise Lebrun, Dionys Mascolo
França, 1972 – 38 min / legendado eletronicamente em português
Adaptação para o século XX de um capítulo de
Jacques le Fataliste, de Diderot, com diálogos de Jean Cocteau, LES DAMES DU BOIS DE BOULOGNE é uma história de vinganças amorosas, encenações e arrependimentos. Foi o filme que consolidou a reputação de Bresson. O filme, que foi um fracasso comercial absoluto, é a segunda longa--metragem do realizador e a última em que trabalhou com atores profissionais. A partir de então, Bresson preferiu “modelos”, porque “somos complexos e aquilo que o ator projeta não é complexo”. Numa célebre análise publicada à época, André Bazin observou que “a estilização de Bresson constrói-se sobre uma dialética do concreto e do abstrato, pela ação recíproca de elementos contraditórios”. LE CHATEAU DE POINTILLY, rodado em Paris e protagonizado pela genial Françoise Lebrun, é um filme onde as imagens do quotidiano urbano são uma passagem para um mundo próximo de algo entre o sonho, as memórias de infância, e as fábulas clássicas com castelos cheios de segredos, maravilhas e terrores. Filme de imaginações e assombrações, a figuração interior da memória deixa-o na vizinhança de alguns filmes de Resnais ou Marguerite Duras – que não por acaso, esta última, foi grande admiradora de POINTILLY, tendo na altura publicado um texto que ajudou a chamar a atenção sobre Arrieta.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA de LES DAMES DU BOIS DE BOULOGNE aqui
consulte a FOLHA DA CINEMATECA de LE CHATEAU DE POINTILLY aqui