2 de agosto a 26 de setembro
segunda a sábado das 14h00 às 19h30 | Entrada livre
Nascido no Porto em 1943, Armindo Cardoso iniciou a sua carreira fotográfica em 1967 em Paris. Trabalhou no Collège de France (CNRS) como técnico de fotografia científica e, posteriormente, no Office Français de Techniques Modernes d'Education. Em 1969, muda-se para o Chile, onde foi editor gráfico e fotógrafo do semanário Chile Hoy e colaborou com diversas instituições e publicações chilenas, acompanhando, em 1972 e 1973, a rodagem dos filmes La Batalla de Chile, de Patrício Guzmán, e Estado de Sítio, de Costa-Gavras.
Em 1973, após a emissão de um mandado de captura pela Dirección de Inteligencia Nacional, refugia-se na embaixada da Venezuela, regressando a Paris como refugiado político. Os negativos das suas fotografias chilenas foram enterrados em Quinta Normal, Santiago, e posteriormente recuperados com a ajuda da Embaixada de França. De volta a Portugal em 1974, trabalhou com vários municípios e em teatros como a Seiva Trupe do Porto, o Teatro de Animação de Setúbal, a Barraca e a Companhia de Teatro de Almada. Participou em publicações sobre José Gomes Ferreira e em catálogos como Operário das Palavras e A Revolução é um Sonho. Em 2022, publicou o livro Unidade 1967-2010, que cobre mais de 40 anos de carreira e inclui um acervo significativo da sua obra, depositada na Torre do Tombo e na Biblioteca Nacional do Chile. A sua mais recente exposição, “Armindo Cardoso, um fotógrafo humanista em Coruche”, foi inaugurada em junho de 2024 no Museu Municipal de Coruche.
A exposição “Chile 1971-1973: Costa-Gavras, Ruiz e Guzmán” apresenta uma série de fotografias dos bastidores dos filmes Estado de Sítio e La Batalla de Chile, bem como retratos de outras personalidades de cinema no início dos anos 70.
agosto de 2024