13/12/2024, 16h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Viagens Pela Noite – O Mundo de Anatole Litvak (Parte I)

Em colaboração com Il Cinema Ritrovato
Nie Wieder Liebe!
“Amor Nunca Mais!”
de Anatole Litvak
com Lilian Harvey, Harry Liedtke, Felix Bressart
Alemanha, 1931 - 88 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O terceiro filme realizado por Anatole Litvak é uma comédia musical típica da produção alemã daquele período. Rodada entre os estúdios da UFA e as paisagens da Côte d’Azur, com parte essencial da ação a bordo de um navio de cruzeiro, alia as canções a uma intriga cómica mais ou menos mirabolante. Um milionário declara-se farto do amor e das mulheres e faz uma aposta com um amigo: será capaz de passar sem qualquer romance durante pelo menos cinco anos. Só que depois encontra Lilian Harvey, à época uma das maiores vedetas da UFA. Primeira apresentação na Cinemateca. A exibir em cópia digital.

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13/12/2024, 18h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Robert Pippin apresenta Fugiu um Condenado À Morte

Em colaboração com Instituto de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa
Un Condamné à Mort s’est Echappé
com François Leterrier, Roland Monod, Jacques Estaud
França, 1956 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
sessão com apresentação e seguida de uma “aula aberta” por Robert B. Pippin (em inglês, sem tradução simultânea)
Subintitulada “O Vento Sopra Onde Quer”, citação do Evangelho Segundo S. João, a quarta longa-metragem de Bresson baseia-se num facto real: a evasão de um homem, em 1943, de um forte de onde teoricamente qualquer fuga era impossível. Bresson aplica de modo ainda mais estrito os austeros princípios de realização do seu filme anterior, JOURNAL D’UN CURÉ DE CAMPAGNE: despojamento da imagem, escolha de atores não profissionais, cenários reduzidos, ausência de música de cinema (só a Grande Missa de Mozart), oposição entre monólogo e diálogo. Um extraordinário filme sobre a coragem, que também é um filme sobre o mistério da Graça. Por esta altura, já Bresson elegera o termo cinematógrafo – “é pelo cinematógrafo que reviverá a arte que o cinema está a querer matar”. A exibir em cópia digital.
 
13/12/2024, 19h30 | Sala Luís de Pina
Chris Marker – A Memória Das Imagens (Parte II)

Em colaboração com a Festa do Cinema Francês
Le Train En Marche (Portrait D’alexandre Medvedkine) | Une Journée D’andrei Arsenevitch
LE TRAIN EN MARCHE (PORTRAIT D’ALEXANDRE MEDVEDKINE)
França, 1971 – 32 min

UNE JOURNÉE D’ANDREI ARSENEVITCH
França, 1999 – 55 min

filmes de Chris Marker
duração total da projeção: 87 min
legendados eletronicamente em português | M/12

LE TRAIN EN MARCHE centra-se na experiência revolucionária de Alexandre Medvedkine que, nos anos 1930, transformou um comboio num estúdio de cinema móvel, procurando retratar a vida das pessoas pela URSS fora e usando o “cinema como uma arma poderosa, capaz de reconstruir o mundo.” (A. Medvedkine). UNE JOURNÉE D’ANDREI ARSENEVITCH é o filme de uma amizade, o retrato de Tarkovski por Chris Marker a partir da rodagem de
O SACRIFÍCIO, o seu último filme. “Estava a inaugurar a minha câmara de vídeo portátil, uma novidade na altura, e fiz uma série de imagens sem projeto preciso, para testar a besta e pelo prazer de conservar momentos de um génio a trabalhar. (…) Quando os primeiros sinais do seu cancro surgiram, e ele teve que trabalhar no seu filme à distância (a montagem decorria em Estocolmo), fez-me saber que gostaria que se conservasse um rasto desta prova na sua vida, e a rodagem, começada ao sol e com boa disposição em Gotland, tinha continuado à medida que o inverno e a doença lhe mudassem a cor. Foi portanto naturalmente que me pediu que registasse a chegada de Andrioucha a Paris” (Chris Marker, 2000).

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13/12/2024, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Chris Marker – A Memória Das Imagens (Parte II)

Em colaboração com a Festa do Cinema Francês
Le Tombeau D’Alexandre
de Chris Marker
França, Reino Unido, 1992 - 120 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Homenagem de Chris Marker a um dos mais importantes cineastas soviéticos, Aleksandr Medvedkine (1900-89), que em 1932 percorreu a URSS filmando milhares de metros de película que retratavam a “jovem” República e cujo posterior reconhecimento se ficou a dever em grande parte a Chris Marker que, ao descobrir tardiamente a sua obra, realizou LE TRAIN EN MARCHE como um “prefácio” a SCHASTYE. Também conhecido como “O ÚLTIMO BOLCHEVIQUE”, o segundo trabalho de Marker sobre Medvedkine é um filme lancinante sobre as “grandes ilusões” e o cinema feito após a Revolução de Outubro.