20/09/2022, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
The Roman Springs on Mr. Stone | The Spy on the Fly | What Really Happened to Baby Jane
THE ROMAN SPRINGS ON MR. STONE
de Connie B. de Mille (aka Ray Harrison)
Estados Unidos
, 1963 – 19 min
THE SPY ON THE FLY
de Ray Harrison
com Warren Fremming
Estados Unidos, 1967 – 43 min
WHAT REALLY HAPPENED TO BABY JANE
de Connie B. de Mille (aka Ray Harrison)
com Freida, Roz Berri
Estados Unidos, 1963 – 32 min
Uma recriação
drag de THE ROMAN SPRING OF MRS. STONE, longa-metragem de 1961 de José Quintero (que a Cinemateca exibiu no passado mês de junho na carta branca do realizador convidado Ado Arrieta), baseada no romance homónimo de Tennessee Williams de 1950. Uma atriz em fase decadente da sua carreira recorre aos serviços de uma “madame” para contratar um acompanhante
, do mesmo modo que a personagem interpretada no filme original por Vivien Leigh se envolve com um jovem italiano, após a morte do marido, em Roma. Única ficção do Gay Girls Riding Club que não é uma citação direta a um outro filme, THE SPY ON THE FLY é antes uma paródia ao conjunto dos primeiros títulos da saga James Bond, que começam a surgir em 1962. O filme segue uma agente em missão secreta que a leva até São Francisco, onde descobre um novo mundo que a leva a rapidamente abandonar a profissão. Este é também o primeiro filme do GGRC onde Ray Harrison assina a realização com o seu nome verdadeiro (e não Connie B. de Mille) e em que o ator Warren Fremming já não recorre ao pseudónimo de Frieda. WHAT REALLY HAPPENED TO BABY JANE foi filmado poucos meses após a estreia de WHAT EVER HAPPENED TO BABY JANE?, a longa-metragem de 1962 de Robert Aldrich, protagonizada por Bette Davis e Joan Crawford. Se essa obra de Aldrich pode ser vista como um expoente da cultura
camp – extensível às vidas não tão privadas das suas atrizes -, o GGRC soube rapidamente tirar partido desse potencial, exponenciando ainda mais essa qualidade, num filme de interiores onde se destaca a direção de arte, que usa uma série dos adereços originais do filme de Aldrich, o que revela a proximidade de parte dos membros do coletivo à indústria de Hollywood da época.
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