O amor ao grande cinema alemão é o motivo que o crítico Michael Althen (sobre quem Dominik Graf realizou um documentário em 2015) e o antigo diretor do Berlin Film Museum Hans Helmut Prinzler arranjaram para se reunir com dez personalidades da indústria, de Wim Wenders a Christian Petzold, passando por Dominiki Graf e Tom Tykwer. Obras de F. W. Murnau, de Fritz Lang, de Rainer Werner Fassbinder e de Wim Wenders, entre outros nomes e alguns títulos pouco conhecidos do grande público, são convocadas e dissecadas por estes importantes interlocutores – e nem sempre as suas escolhas são óbvias. Para ser visto mais como uma diversão do que uma lição de história, AUGE IN AUGE resulta numa celebração da cinefilia e do efeito encantatório de certas imagens, algo evidenciado, muito em particular, por uma inspirada montagem de grandes planos de olhos de atores e atrizes, por vezes, a olhar de frente para nós, espectadores, com a assinatura de Tobias Streck: “O cinema alemão é, para nós, a língua, as paisagens, as atrizes e os atores”, esclareceu Helmut Prinzler em entrevista. Primeira apresentação na Cinemateca.
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