30/08/2022, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Parte I - Filmes de João Maria Gusmão e Pedro Paiva | Parte II - Apropriação, Manipulação
PARTE I - FILMES DE JOÃO MARIA GUSMÃO E PEDRO PAIVA
THE THROW 1
THE THROW 2
ESSAY ON A LIQUID SCULPTURE
HEAT RAY
DREAM OF A RAY FISH
3 SUNS
SOLAR, THE BLINDMAN EATING A PAPAYA
A DAY WITHOUT FILMING
PROJECTOR (CAMERA TEST)
de João Maria Gusmão, Pedro Paiva
Portugal, 2006-2016 – 21 minutos | 16mm, mudos
PARTE II - APROPRIAÇÃO, MANIPULAÇÃO
GHOST IMAGE, VISUAL ESSAYS N°4
de Al Razutis
Canadá, 1976-1979 – 10 min / 16mm, som, sem legendas
THE GEORGETOWN LOOP
de Ken Jacobs
Estados Unidos, 1997 – 11 min / 16mm, mudo
LA PLAGE
de Patrick Bokanowski
França, 1991 – 14 min / 35mm, som, sem diálogos
MIRROR MECHANICS
de Siegfried Alexander Fruhauf
Áustria, 2005 – 8 min / 35mm, som, sem diálogos
João Maria Gusmão e Pedro Paiva iniciaram a sua colaboração em 2001 e durante duas décadas criaram um conjunto de curtas-metragens filmadas maioritariamente em 16mm que nos devolvem um mundo mudo ao ralenti, a que já chamaram “ficções poético-filosóficas”. Filmes que apontam para a complexidade dos mecanismos de produção de imagens e para mundos extraordinários que desafiam as leis da gravidade e contribuem para uma expansão da nossa perceção do real, onde os poderes das superfícies espelhadas nas suas várias vertentes estão bem presentes, de modo literal ou figurado: as propriedades reflexivas da água, a capacidade dos espelhos em estilhaçar o quadro, mas também as metáforas implícitas em filmes como HEAT RAY ou SOLAR, THE BLINDMAN EATING A PAPAYA. A segunda parte da sessão é votada a outras práticas experimentais em que a manipulação e apropriação de imagens estão bem presentes. Al Razutis, num dos seus conhecidos ensaios visuais interroga a tradição dos filmes fantásticos, revisitando clássicos conotados com o surrealismo, o expressionismo, o realismo poético e o próprio cinema de terror, mediante um princípio formal que consiste numa “imagem-espelho” que subverte o eixo do ecrã. Um procedimento semelhante enforma GEORGETOWN LOOP em que Ken Jacobs se apropria de um filme de 1905 que regista uma viagem de comboio através de montanhas rochosas, imprimindo lado a lado a imagem original e o seu duplo espelhado, produzindo um efeito caleidoscópico. Em MIRROR MECHANICS uma jovem olha-se ao espelho, situação que é desnaturalizada quando Fruhauf submete o material de base a transformações complexas, operações diferentes daquelas a que Patrick Bokanowski submete as suas imagens, que adquirem uma plasticidade própria. Primeiras exibições na Cinemateca com exceção de THE GEORGETOWN LOOP.
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