Jane Russell e Walsh, de novo juntos após THE TALL MEN, num dos mais sugestivos retratos femininos da rica galeria do realizador, filmado em magníficas cores. Mamie Stover é uma prostituta que fez fortuna em Honolulu depois do bombardeamento de Pearl Harbor e que, como outras heroínas de Walsh, terá de escolher entre a fortuna e o homem que ama. Jane Russell tão inesquecível e tão carnal como sempre.

Com a ajuda da amante, um homem foge da prisão onde se encontrava falsamente acusado pelos sócios, disposto a vingar-se. Rapta uma assistente social para lhe servir de refém, mas acaba por se apaixonar por ela. Ao lado de T-MEN, é o trabalho mais importante de Mann deste período, um fabuloso filme "negro", magnificamente fotografado por John Alton.

Esta terceira longa-metragem de Andrei Konchalovsky (depois do belíssimo A FELICIDADE DE ASSIA e de O PRIMEIRO PROFESSOR) é um típico exemplo do cinema soviético de autor do período. Filmado a preto e branco e a cores, o filme é uma fiel e inteligente adaptação da peça epónima de Tchekov, onde um velho professor se retira para a propriedade que herdara da primeira mulher e que é administrada pelo irmão desta, na companhia da sua segunda e jovem esposa. No papel-titular, Innokenty Smoktunovski, o Hamlet do filme de Grigori Kozintsev. A música é de Alfred Schnittke.

Um dos grandes clássicos do cinema mudo alemão, baseado numa velha lenda: um rabino de Praga consegue dar vida a um boneco de argila, que deveria libertar o povo judeu da tirania e da opressão. Mas a criatura acaba por revoltar-se e semeia a destruição, antes de ser vencida pela inocência de uma criança. Magníficos cenários e notável trabalho de Wegener (que já tinha realizado uma versão do mesmo tema em 1914) no papel do autómato.