07/01/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Hanyeo
“A Criada”
de Kim Ki-young
com Kim Jin-kyu, Lee Eun-sim, Ju Jeung-ryu
República da Coreia, 1960 - 110 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Sessão com apresentação
Este grande clássico do cinema coreano foi definido por Bong Joon-ho como "uma mistura de drama, melodrama e filme de horror. Também é um melodrama criminal, que lida com o desejo sexual feminino e um comentário social e político". Nona das 23 longas-metragens assinadas por Kim Ki-Young (1919-98), o filme conta a história, baseada num facto real, de uma criada que parece sofrer de perturbações mentais e é engravidada pelo patrão. A mulher deste convence-a a rolar pela escada abaixo para interromper a gravidez. A criada submete-se, mas urde uma vingança terrível. A
mise en scène, da mais alta mestria, faz com que narrativa flua, conduzida por uma câmara ágil e precisa. O filme teve o seu desenlace original, considerado demasiado chocante, alterado pela censura. Foi também objeto de um
remake, em 2010, por Im Sang-soo e foi restaurado com o apoio da Fundação Scorsese, sendo finalmente visto e reconhecido pelo público internacional por aquilo que é: uma obra-prima.
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08/01/2021, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Piagol
“Piagol”
de Lee Kang-cheon
com Kim Jin-Kyu, Lee Yechun, Noh Kyung-hee, Heo Jang-kang, Yoon Wang-gook
República da Coreia, 1955 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O título do filme designa uma localidade na Coreia. PIAGOL foi o segundo dos 28 filmes realizados por Lee Kang-cheon e pode ser definido como um filme de guerra, mais precisamente a Guerra da Coreia, um conflito terrível que chegara ao fim apenas dois anos antes e cujas feridas ainda estavam abertas. A ação começa logo a seguir ao armistício, em meio a um grupo de combatentes comunistas que cometem uma série de atrocidades. A unidade do grupo é fendida por ciúmes entre os guerrilheiros, à volta de uma das mulheres, e pela vontade de alguns de romperem com o comunismo. Sem ter a forma de um
epic, de um filme sobre proezas militares, realizado com meios relativamente modestos porém totalmente dominados, PIAGOL nada tem de um filme de propaganda política caricata, o que não deixa de ser extraordinário quando se considera o contexto em que foi feito.
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08/01/2021, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Geomsa-Wa Yeoseonsaeng
“O Procurador e a Professora”
de Yoon Dae-ryong
com Lee Young Ae, Lee Eob-dong
República da Coreia, 1948 - 61 min
mudo, legendado eletronicamente em português | M/12
A trama narrativa deste filme pode ser descrita como um melodrama social. Um pobre órfão é protegido pela professora do liceu onde estuda. Anos mais tarde, ele torna-se procurador e a mulher é ré num processo, por ter acolhido um criminoso em fuga e ser acusada da morte do marido, que morreu acidentalmente. Mas o ponto de interesse do filme é formal. Foi rodado como um filme mudo, sobre o qual foi sobreposta uma narração em
off (chamada
byeon-sa), tal como esta se fazia nos tempos do cinema mudo na Coreia e em outros países (um dos irmãos de Akira Kurosawa exercia esta profissão em Tóquio): uma só voz que descreve o que se passa, comenta brevemente a ação e diz os diálogos. Este trabalho foi feito por Shi-chul, o último narrador
byeon-sa em atividade. O contraste entre a placidez dos atores e o tom intenso da narrativa produz um efeito insólito e o espectador contemporâneo poderá ter uma noção bastante exata do que era a visão dos filmes mudos na Coreia.
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09/01/2021, 10h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Obaltan
“Bala sem Destino”
de Yoo Hyen-mok
com Kim Jin-kyu, Choi Moo-ryong, Moon Jeong-suk, Seo Al-ja
República da Coreia, 1961 - 111 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Em resultado do anúncio de novas restrições decorrentes da pandemia, OBALTAN (Bala Sem Destino), terá lugar às 10h30 e não às 17h30 como anunciado.
Como é assinalado no texto de introdução a este Ciclo, nos anos sessenta, devido às restrições à distribuição de filmes estrangeiros, muitos realizadores coreanos fizeram um número abundante de filmes. Yoo Hyen-mok, o realizador de OBALTAN, assinou nada menos de 41 filmes, dos quais este é oitavo. Trata-se de um clássico, considerado como uma das obras-primas do cinema coreano. Realizado apenas oito anos depois do fim da guerra que dividiu o país, o filme aborda a reconstrução da sociedade coreana através de um núcleo familiar, formado pela mãe idosa e que perdera a razão devido à guerra, um filho que trabalha, outro que não encontra trabalho e a filha, reduzida à condição de prostituta ocasional. A narrativa nada tem de agitada, tem um ritmo regular e uma forma complexa, num filme que também tem como personagem uma metrópole, mostrada em vários dos seus aspetos (ruas noturnas, escritórios, um bairro de lata). Uma obra sombria e magnífica, que conheceu problemas com a censura coreana à época.
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11/01/2021, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Hanyeo
“A Criada”
de Kim Ki-young
com Kim Jin-kyu, Lee Eun-sim, Ju Jeung-ryu
República da Coreia, 1960 - 110 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Este grande clássico do cinema coreano foi definido por Bong Joon-ho como "uma mistura de drama, melodrama e filme de horror. Também é um melodrama criminal, que lida com o desejo sexual feminino e um comentário social e político". Nona das 23 longas-metragens assinadas por Kim Ki-Young (1919-98), o filme conta a história, baseada num facto real, de uma criada que parece sofrer de perturbações mentais e é engravidada pelo patrão. A mulher deste convence-a a rolar pela escada abaixo para interromper a gravidez. A criada submete-se, mas urde uma vingança terrível. A
mise en scène, da mais alta mestria, faz com que narrativa flua, conduzida por uma câmara ágil e precisa. O filme teve o seu desenlace original, considerado demasiado chocante, alterado pela censura. Foi também objeto de um
remake, em 2010, por Im Sang-soo e foi restaurado com o apoio da Fundação Scorsese, sendo finalmente visto e reconhecido pelo público internacional por aquilo que é: uma obra-prima.
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