09/11/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade III
The Picture House | Bla Cinima
duração total da projeção: 82 min | M/12
Devido ao facto de a cópia recebida do distribuidor não ter características adequadas a esta exibição, e tendo em conta a falta de tempo para obter uma alternativa, lamentamos informar que não nos é possível exibir o filme Holy Motors, de Leos Carax. Em substituição, será exibido Bla Cinima, de Lamine Ammar-Khodja, legendado unicamente em inglês. Contamos poder exibir Holy Motors na data prevista para a segunda exibição: dia 27 de Novembro às 22:00
THE PICTURE HOUSE
de Emily Richardson
Reino Unido, 2010 – 4 min
BLA CINIMA
“Sem Cinema”
de Lamine Ammar-Khodja
França, Argélia, 2014 – 82 min / legendado em inglês
THE PICTURE HOUSE faz parte do projeto "The Cinema Series" que compreende uma série de filmes curtos realizados por Emily Richardson, em que cada um deles representa a experiência de uma longa-metragem projetada numa sala de cinema deserta, condensada num único plano. BLA CINIMA interroga os destinos de uma sala de cinema de Argel e os destinos da cidade ao mesmo tempo que traça uma reflexão em filigrana sobre o cinema na Argélia. Os encontros espontâneos e as conversas são o motor de um filme ancorado nas ruas.
10/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
Lisboa, Crónica Anedótica
de Jorge Leitão de Barros
com Adelina Abranches, Aura Abranches, Beatriz Costa, Estevão Amarante
Portugal, 1930 - 120 min
mudo | M/6
LISBOA, CRÓNICA ANEDÓTICA é uma viagem pela capital portuguesa com apontamentos ficcionados de pendor cómico, descrevendo “como se nasce, vive e morre em Lisboa” no fim dos anos vinte do século XX. Alguns dos mais populares atores da época surgem em pequenas aparições. Uma obra que se relaciona diretamente com as sinfonias urbanas suas contemporâneas.
10/11/2017, 22h00 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
Regen | Dimanche à Pekin | Paris à l'Aube | …À Valparaíso | Tokyo Days
duração total da projeção: 96 min | M/12
REGEN
“Chuva”
de Joris Ivens, Mannus Franken
Holanda, 1929 – 12 min / mudo, intertítulos legendados eletronicamente em português
DIMANCHE À PEKIN
de Chris Marker
França, 1956 – 20 min / legendado eletronicamente em português
PARIS À L'AUBE
de Johan van der Keuken
França, 1960 – 10 min / sem diálogos
…À VALPARAÍSO
de Joris Ivens
França, Chile, 1964 – 34 min / legendado eletronicamente em português
TOKYO DAYS
de Chris Marker
França, 1988 – 20 min / legendado eletronicamente em português
Uma sessão dedicada a grandes cineastas-viajantes que, ao longo das suas obras maioritariamente documentais, retrataram magistralmente várias cidades. De Ivens mostramos REGEN, poema cinematográfico sobre os efeitos das chuvas nas ruas de Amesterdão fortemente conotado com as sinfonias urbanas suas contemporâneas, mas também …À VALPARAÍSO, documentário que realizou mais de trinta anos depois na cidade chilena em que a vida é uma luta constante contra a geografia e que contou com a colaboração de Chris Marker como autor do comentário. Em DIMANCHE À PEKIN Marker reflete sobre a relação entre a tradição e a modernidade a partir da cidade de Pequim e das suas memórias, escolhendo um dia de inatividade, o domingo, para revelar o dinamismo da nova China. Mas a cidade de eleição de Marker foi Tóquio, à qual dedicou vários filmes entre os quais TOKYO DAYS, em que cria um compósito registo da mesma. PARIS À L'AUBE é o primeiro filme de Johan van der Keuken, retrato poético da cidade que anuncia o seu talento como cineasta. DIMANCHE À PEKIN (a apresentar em cópia digital) e TOKYO DAYS são primeiras exibições na Cinemateca.
13/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
Ignoti alla Città | Moi, un Noir
duração total da projeção: 93 min | M/12
IGNOTI ALLA CITTA
de Cecilia Mangini
Itália, 1958 – 13 min / legendado eletronicamente em português
MOI, UN NOIR
de Jean Rouch
com Oumara Ganda, Touré Mohammed, Alassane Maiga, Mlle Gambi
França, 1958 – 80 min legendado eletronicamente em português
Com um magnífico comentário assinado por Pier Paolo Pasolini e autoria de Cecilia Mangini, IGNOTI ALLA CITTÀ retrata a vida, os problemas e as esperanças dos rapazes dos bairros populares de Roma e seus subúrbios. Do mesmo ano que o filme de Mangini e partilhando com este uma mesma liberdade é MOI, UN NOIR. Primeira longa-metragem do cineasta rodada na Costa do Marfim, esta obra-prima do cinema moderno mistura ficção e realidade, através da rotina de três jovens do Níger que emigraram para Abidjan e “encenam o seu ser imaginário”, nas palavras de Jean-André Fieschi. Por isso, estes habitantes de um bairro de lata, que vivem “sábados e domingos num Eldorado imaginário” (Rouch), adotam pseudónimos como Edward G. Robinson, Eddie Constantine ou Dorothy Lamour. O desempenho dos atores amadores é excecional. Godard reconheceu a sua dívida para com MOI, UN NOIR. Um filme emblemático no modo como explora as memórias de uma cidade colonial e dos seus habitantes nas suas múltiplas relações com o cinema. A apresentar em cópias digitais.
13/11/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade III
The Twenty-Four Dollar Island | The City | Skyscraper | Bridges-Go-Round
duração total da projeção: 80 min | M/12
THE TWENTY-FOUR DOLLAR ISLAND
de Robert Flaherty
Estados Unidos, 1927 – 12 min / mudo, intertítulos legendados eletronicamente em português
THE CITY
de Ralph Steiner, Willard Van Dyke
Estados Unidos, 1939 – 43 min / legendado eletronicamente em português
SKYSCRAPER
de Willard van Dyke, Irving Jacoby, Shirley Clarke
Estados Unidos, 1959 – 21 min / sem diálogos
BRIDGES-GO-ROUND
de Shirley Clarke
Estados Unidos, 1958 – 4 min / sem diálogos
A abrir a sessão uma célebre curta-metragem de Robert Flaherty dos anos vinte que aborda as origens da Ilha de Manhattan cujo subtítulo é bem revelador "A Camera Impression of New York". Concebido para ser apresentado na Exposição Internacional de Nova Iorque enquanto manifesto por uma cidade à escala humana, segundo os créditos humanistas de Lewis Mumford (o autor do comentário), THE CITY é um clássico do documentário sobre Nova Iorque durante a Depressão, retratando os vários aspetos urbanos do New Deal. Mais de 20 anos depois de THE CITY, Willard van Dyke seria um dos coautores de SKYSCRAPER (juntamente com Irving Jacoby e Shirley Clarke), cujo tema é a construção do nº 666 da 5ª Avenida, ao som do jazz, poemas, canções e das vozes dos atores nos papéis de operários. Mais livre, BRIDGES-GO-ROUND (em primeira exibição na Cinemateca) é assinado exclusivamente por Clarke e o ritmo musical da montagem é devedor da formação de bailarina e coreógrafa da realizadora, discípula de Martha Graham. Um conjunto de grandes documentos sobre Nova Iorque, que rimam ou contradizem o espírito de um clássico como THE FOUNTAINHEAD, também mostrado este mês.