06/01/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Aventuras de Jean-Pierre Léaud
Masculin Féminin
Masculino Feminino
de Jean-Luc Godard
com Jean-Pierre Léaud, Chantal Goya, Marlène Jobert, Michel Debort
França, Suécia, 1966 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
"Este filme podia ser chamado Os Filhos de Marx e da Coca-Cola”. Eis a mais famosa citação de MASCULIN FÉMININ que corresponde a um intertítulo que divide os seus capítulos. MASCULIN FÉMININ aborda a relação sentimental de Paul (Léaud), um jovem marxista, e Madeleine (Goya), cantora da “geração Coca-Cola”. Baseando-se em dois contos de Guy de Maupassant, Godard cria um importante retrato de uma juventude dividida e de uma sociedade que enfrenta a mudança. A dimensão subversiva do filme, que fez com que fosse proibido em França a menores de 18 anos, estende-se, obviamente, à sua forma. A apresentar em cópia digital.
07/01/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Aventuras de Jean-Pierre Léaud
Porcile
de Pier Paolo Pasolini
com Jean-Pierre Léaud, Pierre Clémenti, Ugo Tognazzi
Itália, França, 1969 - 99 min
legendado em espanhol | M/12
Em PORCILE, que forma um díptico com TEOREMA, Pasolini retoma a veia do filme anterior, porém de modo ainda mais alegórico. A ação divide-se em dois tempos e espaços distintos. Uma era remota e mítica, em que um canibal (Clémenti) tem como destino ser devorado por animais selvagens; e uma parte contemporânea, onde o filho de um industrial alemão com ligações passadas com o nazismo (Léaud), opta por dormir com os porcos na pocilga, tal é o asco que lhe causa a vida burguesa. PORCILE é um filme duríssimo, uma espécie de libelo contra a sociedade contemporânea.
09/01/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Aventuras de Jean-Pierre Léaud
Le Père Noël a les Yeux Bleus
de Jean Eustache
com Jean-Pierre Léaud, Gérard Zimmermann, Henri Martinez, René Gilson, Jean Eustache
França, 1966 - 47 min
legendado em português | M/12
As duas primeiras curtas-metragens de Jean Eustache – DU CÔTÉ DE ROBINSON e LE PÈRE NOËL A LES YEUX BLEUS – foram reunidas e estreadas em sala sob o título LES MAUVAISES FRÉQUENTATIONS, que acabou por ser recebido como o primeiro filme, em díptico, do autor. Na realidade, são dois filmes distintos que podem ser – e muitas vezes são – exibidos separadamente. As duas curtas-metragens estão marcadas pela frescura do tom (próximo da Nouvelle Vague) e do método (16 mm, câmara à mão, som direto), numa espécie de simulacro da vida com o seu realismo espontâneo. Léaud tem uma presença extraordinária como “Pai Natal de olhos azuis”.
10/01/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Aventuras de Jean-Pierre Léaud
La Maman et la Putain
A Mãe e a Puta
de Jean Eustache
com Jean-Pierre Léaud, Bernadette Lafont, Françoise Lebrun, Isabelle Weingarten
França, 1973 - 202 min
legendado em português | M/14
“A ternura, o prazer, a angústia, a loucura, a liberdade sexual, o sofrimento no limite do suportável. Há de tudo isto neste filme”, escreveu o crítico Jean Collet sobre LA MAMAN ET LA PUTAIN, uma das obras mais importantes e influentes do moderno cinema francês. Ou, como notou Alain Philippon, um filme que é simultaneamente “um grande plano sobre três indivíduos, um plano médio sobre uma micro-sociedade e um plano de conjunto sobre a sociedade francesa dos inícios dos anos setenta”. A obra mais conhecida de Jean Eustache é um filme de uma época e de uma geração, um manifesto estético que põe no seu centro a palavra.
12/01/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
As Aventuras de Jean-Pierre Léaud
Les Deux Anglaises et le Continent
As Duas Inglesas e o Continente
de François Truffaut
com Jean-Pierre Léaud, Kika Markham, Stacey Tendeter
França, 1971 - 130 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Adaptação de um romance de Henri-Pierre Roché, situado no começo do século XX, sobre um triângulo amoroso entre duas irmãs inglesas e um francês, a quem deram a alcunha de “O Continente”. AS DUAS INGLESAS E O CONTINENTE é um dos filmes mais elaborados de Truffaut, com diversas referências ao cinema mudo (a íris que se abre e se fecha) e desempenhos extremamente interiorizados, nomeadamente de Jean-Pierre Léaud, no papel de um jovem romântico, totalmente diferente do que fizera até então. Esta história de educação sentimental também é um grande filme sobre a passagem do tempo. Anacrónico em 1971, o filme foi um desastre comercial. Hoje, desponta como um dos pontos culminantes do cinema de Truffaut.