10/11/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Marlen Khutsiev, Um Segredo do Cinema Moderno
Com o Alto Patrocínio da Embaixada da Federação da Rússia, em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia e a Agência Federal pela Cooperação Internacional Cultural
Dva Fyofora
“Os Dois Fedors”
de Marlen Khutsiev
com Vassily Chukchine, Nikolai Chursin, Tamara Lyonina
URSS, 1958 - 88 min
legendado eletronicamente em português | M/12
com a presença de Marlen Khutsiev
OS DOIS FEDORS, que marca a estreia no cinema de Vassily Chukchin, que viria a ser um ator e um realizador de grande envergadura, conta o encontro de um homem e uma criança. No fim da guerra, o operário Fedor é desmobilizado e ao voltar para sua região conhece um pequeno órfão, também chamado Fedor. Os dois estabelecem uma relação extremamente forte, até ao momento em que o homem se casa. A sua mulher tenta conquistar o rapaz, mas este permanece hostil. Considerado um filme de transição, entre “PRIMAVERA NA RUA ZARECHNAIA” e “A PORTA DE ILLICH”, em que o estilo de Khutsiev se radicaliza, DYA FYODORA ilustra indiretamente um dos temas centrais do cinema de Kutsiev: o de uma “nação sem pais”.
11/11/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Marlen Khutsiev, Um Segredo do Cinema Moderno
Com o Alto Patrocínio da Embaixada da Federação da Rússia, em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia e a Agência Federal pela Cooperação Internacional Cultural
Vesna na Zarechnoi Ulitse
“Primavera na Rua Zarechnaia
de Marlen Khutsiev
com Nina Ivanova, Nicolai Rybhikov, Vladimir Gulyaev
URSS, 1956 - 96 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O filme de estreia de Khutsiev, realizado três anos depois da morte de Estaline e quando o “degelo” pós-estalinista apenas começava, é o único dos seus filmes que denota alguns laços com as velhas mitologias do cinema soviético: vemos um operário conquistar o coração de uma professora de literatura. Mas em vez de considerar as suas personagens como exemplos sociais, Khutsiev acentua as relações entre os indivíduos, com uma interpretação notável de Nina Ivanova.
12/11/2015, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Marlen Khutsiev, Um Segredo do Cinema Moderno
Com o Alto Patrocínio da Embaixada da Federação da Rússia, em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia e a Agência Federal pela Cooperação Internacional Cultural
Iyulskiy Dozhd
“Chuva de Julho”
de Marlen Khutsiev
com Evguenia Uralova, Aleksandr Belyavsky, Yuri Vizbor
URSS, 1967 - 115 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Prevê-se que Marlen Khutsiev acompanhe a sessão para uma conversa com o público no final da projeção
Um dos mais belos filmes dos anos sessenta soviéticos, quando foram realizadas muitas obras de grande valor. Como de costume no cinema soviético, a narrativa é oblíqua: uma mulher descobre que o homem com quem vai casar é mesquinho e tem mau fundo. Ao deixá-lo, encontra outro homem à chuva, que a lava de todos os males. Como “TENHO VINTE ANOS”, o filme é um moderno retrato de Moscovo e dos seus habitantes, filmado com extraordinária leveza e profundidade, “quebrando as estruturas narrativas de uma maneira que anuncia Sokurov” (Christian Zimmer). “CHUVA DE JULHO” suscitou menos polémicas do que o filme anterior, mas foi pouco mostrado à época.
14/11/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Marlen Khutsiev, Um Segredo do Cinema Moderno
Com o Alto Patrocínio da Embaixada da Federação da Rússia, em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia e a Agência Federal pela Cooperação Internacional Cultural
Mne Dvadtsat Let
“Tenho Vinte Anos”
de Marlen Khutsiev
com Valentin Popov, Nicolai Gubenko, Stanislas Lyubshin
URSS, 1965 - 169 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Depois dos violentos ataques proferidos pelo Primeiro-Secretário do Comitré Central do partido Comunista, Nikita Khrouchev em pessoa, contra ZASTAVA ILLIYCHA, Khutsiev decidiu salvar o que podia ser salvo do filme. Conseguiu controlar a confeção da nova versão remontada e com partes refilmadas, a que deu um um novo título. Num debate com o público no Festival de La Rochelle, em 2003, Khutsiev declarou: “Lutei com todas as minhas forças para que as transformações não destruíssem o filme. Foi preciso astúcia. A única coisa que lamento é que o episódio da noite com os poetas tenha praticamente desaparecido”. Nesta versão, o filme obteve o prémio do júri no Festival de Veneza, já depois da queda de Khrouchev.
16/11/2015, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Marlen Khutsiev, Um Segredo do Cinema Moderno
Com o Alto Patrocínio da Embaixada da Federação da Rússia, em colaboração com o Gosfilmofond – Fundo Nacional de Cinema da Federação da Rússia e a Agência Federal pela Cooperação Internacional Cultural
Byl Mesyats May
“Foi em Maio”
de Marlen Khutsiev
com Aleksandr Arzhilovsky, Pyotr Todorovsky, Sergeu Shakurov
URSS, 1970 - 115 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Informa Bernard Eisenschitz que este filme, realizado para televisão, é o preferido de Marlen Khutsiev entre todos os que realizou. Em maio de 1945, nos primeiros dias da paz, um grupo de soldados russos está estacionado numa aldeia alemã. Perto dali, fica um campo de concentração, cuja realidade os soldados descobrirão numa cena extraordinária, de cerca de meia hora: os homens percorrem o campo de concentração vazio, não encontram uma só pessoa, só veem objetos cuja função desconhecem, até que se deparam com um monte de óculos e percebem tudo. Um extraordinário momento de cinema, num filme não menos extraordinário.