21/03/2023, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Tijolos e Espelhos - O Cinema Iraniano Revisitado (1955-2015)
Parte II - Depois da Revolução
Nun va Goldun
“Um Momento de Inocência”
de Mohsen Makhmalbaf
com Mirhadi Tayebi, Ali Bakhsi, Ammar Tafti
Irão, 1996 - 78 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
«Uma das mais inspiradoras e acessíveis reconstruções [de Makhmalbaf] de um acidente crucial da sua adolescência, o qual o colocou na prisão por diversos anos durante o regime do Xá. Um fundamentalista e ativista naquele período, Makhmalbaf esfaqueou um polícia; por consequência, foi alvejado e preso. Duas décadas depois, enquanto fazia audições para o seu filme SALAAM CINEMA, encontrou o mesmo polícia, agora desempregado, e os dois acabaram por colaborar neste filme sobre um incidente que os envolvia a ambos, tentando (com câmaras separadas) reconciliar as versões do que tinha acontecido. Apesar de, indubitavelmente, ter sido parcialmente motivado por CLOSE UP
, de Kiarostami, é uma experiência e uma investigação humanista fascinante por si só, cheia de calor e humor, bem como de mistério.» (Jonathan Rosenbaum).
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21/03/2023, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Tijolos e Espelhos - O Cinema Iraniano Revisitado (1955-2015)
Parte II - Depois da Revolução
Boodan Yaa Naboodan
“Ser ou Não Ser”
de Kianoush Ayari
com Asal Badeei, Farhad Sharifi, Hossein Ilbeygi
Irão, 1998 - 90 min
legendado eletronicamente em português | M/12
«Kianoush Ayari é uma das figuras proeminentes do
Cinema-ye Azad (Cinema Livre) no Irão, um movimento cinéfilo na produção cinematográfica amadora que emergiu no final dos anos 60 com o apoio do Estado. Ayari, cujo amor tanto pelo realismo como pelo cinema modernista o tinha levado, anteriormente, a recriar LADRI DI BICICLETTE em ABADANI-HA, no seu oitavo filme conta a história de uma mulher cristã que necessita urgentemente de um transplante de coração. Ela tenta convencer a família em luto de um muçulmano recém-falecido – morto durante uma discórdia na noite do seu casamento – a permitir a doação de órgãos. Com uma câmara fluída e um tom documental, o filme conquistou o coração dos espectadores e, passando pelo labirinto da religião e da tradição na sociedade iraniana, chega a uma nobre noção de altruísmo e humanismo. Este drama tenso revela novas dimensões dessa sociedade em cada reviravolta. O pulsar do filme é como o bater do coração da protagonista, sempre prestes a parar. Na vida real, a atriz do filme morreu jovem e a sua família doou os seus órgãos – uma trágica premonição cinematográfica.» (Nima Hassani-Nasab) Primeira apresentação na Cinemateca. A exibir em cópia digital.
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22/03/2023, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Tijolos e Espelhos - O Cinema Iraniano Revisitado (1955-2015)
Parte II - Depois da Revolução
Shazdeh Ehtejab
“Príncipe Ehtejab”
de Bahman Farmanara
com Jamshid Mashayekhi, Fakhri Khorvash, Valiyollah Shirandami
Irão, 1974 - 93 min
legendado em francês e holandês e eletronicamente em português | M/12
Um dos melhores filmes iranianos sobre a decadência, SHAZDEH EHTEJAB é baseado num livro do renomado romancista iraniano Houshang Golshiri centrado num dos últimos membros da dinastia Qajar. Enquanto o seu corpo é devorado pela tuberculose e a sua mente é devastada pelo passado de brutalidade e repressão da sua dinastia, o aristocrata relembra a sua vida numa série de complexos e elegantes
flashbacks que entretecem a história do Irão com a psicologia da personagem. Vencedor do prémio de melhor filme no Festival Internacional de Cinema de Teerão, Farmanara, que também se destacou como produtor (é dele a produção de SHATRANJ-E BAAD/“Xadrez do Vento”, exibido na primeira parte deste Ciclo), presta uma atenção escrupulosa aos figurinos, aos cenários e à direção de fotografia. Primeira apresentação na Cinemateca. A exibir em cópia digital.
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22/03/2023, 22h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Tijolos e Espelhos - O Cinema Iraniano Revisitado (1955-2015)
Parte II - Depois da Revolução
Zir-e Poost-e Shahr
“Sob A Pele da Cidade”
de Rakhshan Banietemad
com Golab Adineh, Mohammad Reza Forutan, Baran Kosari
Irão, 2001 - 92 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Uma das sessões do ciclo em homenagem a Christine Laurent vai ser alterada em acordo com o espírito do programa. Assim, a apresentação prevista de 36 VUES DU PIC SAINT-LOUP 36 (36 Vistas do Monte Saint-Loup, Jacques Rivette, 2009) no dia 22 de março, às 19h, será substituída pela projeção de LA BANDE DES QUATRE (O Bando das Quatro, Jacques Rivette, 1988). Dada a duração deste último (160 minutos), a sessão de ZIR-E POOST-E SHAHR (“Sob A Pele da Cidade”, Rakhshan Banietemad, 2001), prevista no contexto do programa de cinema iraniano para o mesmo dia 22 de março, às 21h30, terá início às 22h. Um agradecimento aos espectadores pela sua compreensão.
Esta história envolvente de uma família da classe operária em Teerão e da luta da figura materna para manter a família unida é realizada por uma mestra do cinema realista iraniano e um dos grandes talentos emergentes depois da revolução. Como escreve Laura Mulvey, o “filme sintetiza a maneira como o realismo e o melodrama são, de maneiras diferentes, estilisticamente importantes para os dramas de opressão social e injustiça,” para contar a história “das crises enraizadas na desigualdade de classe e género no Irão contemporâneo.” Primeira apresentação na Cinemateca. A exibir em cópia digital.
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23/03/2023, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Tijolos e Espelhos - O Cinema Iraniano Revisitado (1955-2015)
Parte II - Depois da Revolução
Zamani Barayé Masti Asbha
Um Tempo para Cavalos Bêbedos
de Bahman Ghobadi
com Ayoub Ahmadi, Rojin Younessi, Amaneh Ekhtiar-dini
Irão, 2000 - 80 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12
As provações de uma família curda que atravessa um inverno terrível perto da fronteira entre o Irão e o Iraque. A família é encabeçada por um rapaz de doze anos que sustenta todos os outros membros e cuida do irmão com deficiência. “Retratar as adversidades enfrentadas pelos curdos era, até um então, um tabu, embora já tivessem sido documentadas numa curta-metragem precedente de Ghobadi”, escreve o crítico iraniano Hamid-Reza Sadr. “A abordagem crua e rigorosamente minimal de Ghobadi, num estilo de documentário filmado com câmara à mão, foi temperada pela profunda ligação emocional partilhada pelos três irmãos retratados e pelo fascínio das suas representações naturalistas. [O filme ofereceu] um retrato social amplo da geração jovem, e mostrou a natureza complexa e problemática que enfrenta no Irão.” Primeira apresentação na Cinemateca.
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