18/11/2021, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Realizado entre França (a partir dos anos 1930), a Argentina e o Chile (na década seguinte), o trabalho de Pierre Chenal (1904-1990) foi relegado a um plano menor, embora ocupe um lugar importante e os seus filmes mereçam a redescoberta. Foi dele, por exemplo, a primeira adaptação de
O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes (LE DERNIER TOURNANT, 1939). Escrito e realizado a partir do romance de Auguste Le Breton, RAFLES SUR LA VILLE é um título importante da filmografia policial noir dos anos 1950, defendido na época pelo jovem crítico Jean-Luc Godard. Talvez venha daqui o seu apreço por Piccoli, que filmaria em LE MÉPRIS (no papel de um outro Paul, nome da personagem do inspetor Vardier de Chenal); certo é que o final protagonizado pelo então jovem ator lembra o explosivo desfecho de PIERROT LE FOU. A representação implacável da violência, as interpretações de Charles Vanel e Michel Piccoli, a partitura de Michel Legrand fazem parte do fascínio do filme, movido pela intriga criminal, vingança, traições. Primeira apresentação na Cinemateca.
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"folha"da Cinemateca