27/11/2020, 17h15 | Sala M. Félix Ribeiro
Filmando em alta definição, Bergman regressou ao tema do fracasso das relações de um casal e às personagens de CENAS DA VIDA CONJUGAL (1973), numa obra que vai ainda mais longe na exposição desse fracasso e da crueldade e ternura entre o par, que reencontramos 30 anos depois. Quando Marianne (Liv Ulmann) sente que Johan (Erland Josephson) precisa dela, decide visitá-lo na velha casa de campo onde vive. Marianne depressa vê que o filho dele, Henrik, tem um amor possessivo pela filha, Karin, e que Johan só sente ódio e desprezo pelo filho. “Um concerto grosso para quatro instrumentos”, chamou Bergman ao seu último filme. “Ao acercar-se mais e mais dos quatro rostos e das quatro vozes, para além dos corpos, dá-nos a ver almas”, escreveu João Bénard da Costa.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui