O “campeão do mau gosto” regressava em 1994 para assinar o terceiro filme da sua fase mais mainstream, também precipitada pelo desaparecimento da diva do
underground, o
drag Divine. A estrela Kathleen Turner ter-se-á deixado seduzir pela estranheza do projecto, aceitando interpretar uma mãe galinha programada para matar, pouquíssimo tolerante com todos aqueles que se interpõem entre a sua família e um “sonho americano” que parece ter saído de um anúncio de eletrodomésticos dos anos 50. A história desta
serial killer de Baltimore foi o produto de um fascínio antigo de Waters por julgamentos muito mediatizados – seguiu religiosamente os de Charles Manson e Patty Hearst –, resultando, nas palavras do crítico J. Hoberman, numa provocadora “reflexão sobre o crime e a celebridade”. O filme não é visto na Cinemateca desde 1996.
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