08/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Independencia
de Raya Martin
com Sid Lucero, Tetchie Agbayani, Alessandra de Rossi
Filipinas, 2009 - 77 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Ascensão dos Filmes Independentes
Nascido em 1984 (e já autor de doze longas-metragens de ficção, além de diversas curtas-metragens e documentários), Raya Martin é um dos grandes nomes do atual cinema filipino. Em INDEPENDENCIA, através da história de um jovem e da sua mãe idosa que se escondem na selva, devido ao perigo iminente de uma invasão, o realizador tomou como tema a colonização americana das Filipinas, que foram ocupadas sucessivamente pelos espanhóis, os japoneses e os norte-americanos, pois “a imagem que os filipinos têm de si mesmos é baseada no espelho colonial”. O realizador adota deliberadamente um estilo semelhante à “estética dos filmes americanos sobre o período da ocupação. “Percebi que poderia falar da resistência durante este período usando esta estética”. O crítico Gonzalo de Pedro vê o filme como “um complexo exercício que se situa entre a apropriação, o simulacro e a reivindicação política”.
11/11/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Genghis Khan
de Lou Salvador (assinado por Manuel Conde)
com Manuel Conde, Elvira Reyes, Inday Jalandoni
Filipinas, 1950 - 77 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Primeira Idade de Ouro
Embora, nos anos 40 e 50, o melodrama fosse o género preferido do público popular filipino, a indústria do país abordava diversos géneros. Os swashbucklers (filmes de espadachins) também eram popularíssimos e Manuel Conde era considerado o “rei” do género. GENGHIS KHAN é um marco na história do cinema filipino e o primeiro filme do país a ter tido projeção internacional, tendo sido apresentado no Festival de Veneza e distribuído internacionalmente pela United Artists, com o acréscimo do comentário em inglês da autoria de James Agee. É esta versão que veremos. Na verdade, Manuel Conde interpretou o papel-titular e o filme foi realizado por Lou Salvador, como provam documentos da época. De um estilo semelhante ao dos epics americanos do período, o filme leva o seu herói de aventura em aventura e foi bastante elogiado ao ser estreado na Europa: “O filme é interessantíssimo e muito empolgante, como na grande cena de luta. Toda a ação se situa num plano grandioso e heróico e as cenas de batalha são encenadas quase como se fossem bailados” (Monthly Film Bulletin). O filme foi objeto de um restauro em 2012 e será apresentado em cópia digital. Primeira exibição na Cinemateca.
11/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Noli Me Tangere
“Não me Toques”
de Gerardo de León
com Eddie del Mar, Edita Vital, Johnny Monteiro
Filipinas, 1961 - 180 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Primeira Idade de Ouro
Gerardo (ou Gerry) de León (1913-81) é considerado um dos mestres do cinema filipino e Charles Tesson define-o como “uma das grandes figuras do cinema mundial. Uma coisa é certa: é impossível ver um dos seus filmes sem falarmos imediatamente do prazer de ver cinema, do puro encanto da mise en scène”. Gerardo de León começou a sua carreira como ator e estreou-se como realizador com uma zarzuela, chegando a um total de oitenta longas-metragens. NOLI ME TANGERE, considerado um dos seus filmes mais importantes, adapta um romance de um herói nacional filipino de fins do século XIX, José Rizal, executado pelas autoridades espanholas devido ao seu combate anticolonialista. O livro, de leitura obrigatória nas escolas, é uma crítica às autoridades coloniais e à Igreja Católica e foi adaptado pela primeira vez ao cinema em 1915. Para transpor a complexa trama do romance, Gerardo de León lança mão dos seus vastos recursos de cineasta, com um resultado impressionante. A apresentar em cópia digital. Primeira exibição na Cinemateca.
12/11/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Conferência Cinema das Filipinas
Entrada livre, mediante levantamento de ingresso na bilheteira. Em inglês, sem tradução simultânea.
Conferência pelo historiador Patrick Campos, com a participação do realizador Kidlat Tahimik.
12/11/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Sine, Cinema das Filipinas | Nos Cem Anos do Cinema Filipino
em colaboração com a Embaixada das Filipinas em Portugal e com o Film Development Council of the Philippines
Mababangong Bagungot
“Pesadelo Perfumado”
de Kidlat Tahimik
com Kidlat Tahimik, Mary Feley, Dolores Santamaria
Filipinas, 1977 - 93 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A Segunda Idade de Ouro
com a presença de Kidlat Tahimik na sessão de dia 12
“PESADELO PERFUMADO” é um pequeno fenómeno cinematográfico: primeiro filme de um amador, feito com alguma ajuda de Werner Herzog, orçamento baixíssimo e película fora de prazo, obteve o prémio da crítica no Festival de Berlim e teve os seus direitos adquiridos por Francis Ford Coppola. Ficou então diversas semanas em cartaz numa das mais míticas salas de arte de Nova Iorque, o Bleecker Street Cinema. A trama narrativa tem elementos autobiográficos e conta a história de um jovem que quer deixar a sua aldeia natal e conhecer o mundo moderno. O filme foi exibido uma vez na Cinemateca, no longínquo mês de maio de 1987, no ciclo “Coppola em Contexto”. A apresentar em cópia digital.