CICLO
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo


Iniciativa organizada pela Apordoc – Associação pelo Documentário e pelo Arquivo Municipal de Lisboa – Videoteca, na sua sétima edição, o Panorama volta a associar-se à Cinemateca revisitando a história do cinema português em “Percursos no Documentário Português”. Nesta edição, o programa foca o Documentário do Cinema Novo e a produção documental da década de sessenta e início da de setenta, associada ao início do trabalho no cinema de uma série de autores. Na Cinemateca, organizadas em motivos (Ato Primeiro, Máquinas Desejantes, A Censura e o Colonialismo, Estética ou Política, Experimentar, Mise-Encenar, Novo Olhar sobre os Lugares), as sessões programadas reúnem títulos de Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, Faria de Almeida, José Fonseca e Costa, Fernando Matos Silva, Alberto Seixas Santos, Alfredo Tropa, Manuel Costa e Silva, António Escudeiro, António Reis e César Guerra Leal. Parte das cópias a apresentar resulta de recentes trabalhos de preservação ou novas tiragens de materiais.

06/05/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

O Acto da Primavera
de Manoel de Oliveira
Portugal, 1962 - 90 min
06/05/2013, 22h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Programa de curtas-metragens "Documentário no Cinema Novo" de Fernando Lopes, Faria de Almeida, Fonseca e Costa, Fernando Matos Silva e Seixas Santos
duração total da sessão: 84 min
07/05/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Num Mar de Moliço | A Grande Roda | A Cidade
duração total da sessão: 45 min
 
07/05/2013, 22h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Angola – Terra do Passado e do Futuro | Catembe | Cortes de Censura de Catembe
duração total da sessão: 118 min
 
08/05/2013, 18h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Debate Percursos no Documentário Português: “Documentarismo no Cinema Novo”
06/05/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
O Acto da Primavera
de Manoel de Oliveira
com habitantes da aldeia da Curalha
Portugal, 1962 - 90 min

O ACTO DA PRIMAVERA fixa uma representação da Paixão de Cristo numa aldeia de Trás-Os-Montes, e mostra também, de forma magistral, a impercetível passagem do quotidiano à representação do sagrado e o regresso ao quotidiano, confundindo o ritual com a representação. A apresentar em cópia resultante do restauro de 2008 efetuado no laboratório da Cinemateca.

06/05/2013, 22h00 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
Programa de curtas-metragens "Documentário no Cinema Novo" de Fernando Lopes, Faria de Almeida, Fonseca e Costa, Fernando Matos Silva e Seixas Santos
duração total da sessão: 84 min
Máquinas Desejantes

com a presença de Fernando Matos Silva

AS PALAVRAS E OS FIOS
de Fernando Lopes
Portugal, 1962 – 12 min
A EMBALAGEM DE VIDRO
de Faria de Almeida
Portugal, 1966 – 10 min
TEJO – ROTA DO PROGRESSO
de Fernando Lopes
Portugal, 1967 – 11 min
A METAFÍSICA DOS CHOCOLATES
de José Fonseca e Costa
Portugal, 1967 – 18 min
POR UM FIO…
de Fernando Matos Silva
Portugal, 1968 – 13 min
A ARTE E O OFÍCIO DE OURIVES
de Alberto Seixas Santos
Portugal, 1968 – 10 min

Retratando um universo industrial, AS PALAVRAS E OS FIOS revela uma óbvia inspiração na exploração do movimento e da cor e, como BELARMINO, a sua banda musical apresenta o jazz de Manuel Jorge Veloso, que é também o autor da música de A EMBALAGEM DE VIDRO (um retrato da indústria vidreira portuguesa) e TEJO – ROTA DO PROGRESSO (produzido pela LISNAVE, para acompanhar a construção e o inicio da atividade do Estaleiro Sul no porto de Lisboa). A METAFÍSICA DOS CHOCOLATES (produção Francisco de Castro) parte do poema de Pessoa A Tabacaria e da encomenda de documentação do processo de fabrico dos chocolates Regina para filmar Lisboa. POR UM FIO… regista por sua vez o trabalho da fábrica de cabos elétricos de Diogo d'Ávila de Alfragide. A ARTE E O OFÍCIO DE OURIVES tem a ourivesaria como pretexto de um belíssimo ensaio visual e comentário de Luísa Neto Jorge. À exceção de A EMBALAGEM DE VIDRO e POR UM FIO…, os títulos da sessão são apresentados em cópias novas.
 

07/05/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
Num Mar de Moliço | A Grande Roda | A Cidade
duração total da sessão: 45 min
Estética ou Política?

com a presença de Alfredo Tropa

NUM MAR DE MOLIÇO
de Alfredo Tropa
Portugal, 1966 – 10 min
A GRANDE RODA
de Manuel Costa e Silva
Portugal, 1969 – 15 min
A CIDADE
de José Fonseca e Costa
Portugal, 1968 – 20 min

Dedicado à colheita do moliço nas águas da ria de Aveiro, NUM MAR DE MOLIÇO tem comentário e locução de Fernando Assis Pacheco. Iniciando uma longa e importante obra como diretor de fotografia no início da década de sessenta, é no fim dela que Manuel Costa e Silva chega à realização com a curta-metragem A GRANDE RODA, em que o próprio notava a influência de Jean Rouch, de quem foi operador em LA PYRAMIDE HUMAINE, um filme com argumento e locução de Alexandre O’Neil. Retratando o espírito de Évora, a paisagem e o artesanato alentejano, A CIDADE (música de Carlos Paredes) dá subtilmente conta de um país sufocado pela falta de liberdade. Este último título é apresentado numa cópia nova.
 

07/05/2013, 22h00 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
Angola – Terra do Passado e do Futuro | Catembe | Cortes de Censura de Catembe
duração total da sessão: 118 min
Censura e Colonialismo

com a presença de António Escudeiro

ANGOLA – TERRA DO PASSADO E DO FUTURO
de António Escudeiro
Portugal, 1972 – 17 min
CATEMBE
CORTES DE CENSURA DE CATEMBE
de Faria de Almeida
Portugal, 1964 – 45 min + 11 min

Coproduzido por Faria de Almeida com António da Cunha Telles, na sua versão original de 87 minutos o filme chamava-se CATEMBE – 7 DIAS EM LOURENÇO MARQUES e incluía uma reportagem sobre a capital moçambicana como cidade turística. Retalhado pela censura que lhe impôs 103 cortes correspondentes a planos de negativo que foram destruídos, teve uma segunda versão (de 48 minutos) que foi igualmente interdita. CATEMBE é uma valiosa obra da filmografia portuguesa que permaneceu invisível durante largo tempo mas é agora possível apresentar em cópia nova. A abrir a sessão, ANGOLA – TERRA DO PASSADO E DO FUTURO, que Francisco de Castro produziu e António Escudeiro realizou a partir de uma encomenda de Manuel Vinhas.
 

08/05/2013, 18h30 | Sala Luís de Pina
Percursos no Documentário Português | Documentário no Cinema Novo

Em colaboração com o Panorama 7ª Mostra do Documentário Português
Debate Percursos no Documentário Português: “Documentarismo no Cinema Novo”
entrada livre

Debate com João Rapazote (Panorama 2013), Fernando Matos Silva (realizador), Paulo Cunha (investigador) e Luís Miguel Oliveira (Cinemateca).