29/05/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1939 – Dançando Sobre um Vulcão
Sans Lendemain
Piedosa Mentira
de Max Ophuls
com Edwige Feuillère, Georges Rigaud, Michel François
França, 1939 - 82 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Autêntico apátrida, Max Ophuls teve duas etapas na sua carreira em França. No fim da vida, nos anos cinquenta, quando realizou algumas das suas obras-primas mais apreciadas. E nos anos trinta, quando fez, em Paris, quatro filmes extremamente diferentes entre si e que são muito menos vistos. Um deles é SANS LENDEMAIN, história de uma mulher da alta sociedade que depois da morte do marido é forçada a trabalhar como prostituta num cabaré. Com magnífica fotografia de Eugen Schuftan e cenários de Eugène Lourié, é um filme de realização requintada. Mas que Ophuls o não é? A apresentar em cópia digital.
29/05/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
1939 – Dançando Sobre um Vulcão
The Lion Has Wings
O Leão Tem Asas
de Alexander Korda, Michael Powell, Adrian Brunel, Brian Desmond-Hurst
Reino Unido, 1939 - 76 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Produzido por Alexander Korda quando a II Guerra estava iminente, de forma muito célere (estreou em novembro de 1939, dois meses depois do início do conflito), THE LION HAS WINGS é um filme de propaganda destinado a convencer o governo britânico da importância de apostar no cinema de propaganda – recado que seria, como sabemos, recebido e posto em prática. Em estilo de falso documentário, com várias estrelas a desempenharem grandes e pequenos papéis, THE LION HAS WINGS centra-se na Royal Air Force, que poucos meses depois seria crucial para evitar uma invasão terrestre das forças nazis.
30/05/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1939 – Dançando Sobre um Vulcão
The 400 Million | The City
duração total da projeção: 95 min | M/12
THE 400 MILLION
de Joris Ivens
Estados Unidos, 1939 – 52 min / legendado eletronicamente em português
THE CITY
de Ralph Steiner, Willard Van Dyke
Estados Unidos, 1939 – 43 min / legendado eletronicamente em português
THE 400 MILLION é um dos mais famosos filmes de Joris Ivens na fase intermédia da sua obra, e o princípio da sua relação com a China. Feito com o apoio do Partido Comunista Chinês, mas acompanhando também as forças republicanas e os vários grupos de guerrilha, documenta a guerra e a resistência chinesa perante a invasão japonesa. Um dos operadores que colaboram com Ivens foi o futuramente famoso Robert Capa. A sessão prossegue com um clássico do documentário sobre Nova Iorque durante a Depressão: THE CITY, realizado por Ralph Steiner e Willard Van Dyke, depois de terem fundado o American Documentary Films.
30/05/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
1939 – Dançando Sobre um Vulcão
Birthright
de Oscar Micheaux
com Carman Newsome, Ethel Moses, Alec Lovejoy
Estados Unidos, 1939 - 74 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Um dos filmes finais de Oscar Micheaux (1884-1951), pioneiro do cinema afro-americano e em simultâneo pioneiro de um sistema de produção intrinsecamente crítico de Hollywood. BIRTHRIGHT, que é um remake de um filme que o próprio Micheaux realizara nos anos vinte do século XX (então, ainda mudo), foca o tema subjacente a toda a obra do cineasta, o racismo na sociedade americana, aqui seguindo um protagonista através da sua carreira como universitário em Harvard, permanentemente alvo de discriminação. Primeira exibição na Cinemateca.
31/05/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
1939 – Dançando Sobre um Vulcão
The Light That Failed
Luz que se Apaga
de William A. Wellman
com Ronald Colman, Walter Huston, Muriel Angelus, Ida Lupino
Estados Unidos, 1939 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Dos dois filmes realizados por Wellman em 1939 (o outro foi o famosíssimo BEAU GESTE), este foi o que quase caiu no esquecimento. É um soberbo melodrama, baseado numa história de Rudyard Kipling, onde a perspetiva sobre o imperialismo britânico (as guerras africanas no final do século XIX) tem premonitória articulação na progressiva cegueira do protagonista, o pintor interpretado por Ronald Colman, que antes que “a luz se apague” quer completar o retrato da rapariga (Ida Lupino) por quem se encantou. Mas a “luz que se apagava” era também a do mundo pré-guerra.