07/11/2016, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
República Federal da Alemanha 1949-63: Amados e Rejeitados
Der Tiger von Eschnapur
O Túmulo Índio
de Fritz Lang
com Debra Paget, Paul Hubschmidt, Walter Reyer, Valery Inkijinoff
República Federal da Alemanha, 1959 - 97 min
legendado eletronicamente em português| M/12
A penúltima obra de Fritz Lang foi o chamado “díptico indiano”: DER TIGER VON ESCHNAPUR e DAS INDISCHE GRABMAL. Ao regressar ao cinema alemão, depois de uma ausência de 27 anos, Lang retomou um projeto de juventude, bastante próximo das aventuras folhetinescas que estiveram na origem de algumas das suas obras-primas mudas, como DIE SPINNEN e MABUSE, DER SPIELER. Nesta extravagante história filmada em Eastmancolor, um jovem arquiteto europeu chamado por um marajá para construir um túmulo, apaixona-se por uma dançarina sagrada e acaba por fugir com ela. Mais uma vez, Lang demonstra a preponderância da mise-en-scène sobre a trama narrativa. “Estamos num mundo de volumes, de luzes e de cores, em que a luta se trava tanto entre os sentimentos como entre as formas” (João Bénard da Costa). DAS INDISCHE GRABMAL é apresentado na sessão das 21h30.
07/11/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
República Federal da Alemanha 1949-63: Amados e Rejeitados
Das Indische Grabmal
O Túmulo Índio
de Fritz Lang
com Debra Paget, Paul Hubschmidt, Walter Reyer, Valery Inkijinoff
República Federal da Alemanha, 1959 - 101 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Ver nota da sessão de DER TIGER VON ESCHNAPUR, no mesmo dia, às 19h.
08/11/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
República Federal da Alemanha 1949-63: Amados e Rejeitados
Der Verlorene
“O Homem Perdido”
de Peter Lorre
com Peter Lorre, Karl John, Renate Mannhardt, Johanna Hofer
República Federal da Alemanha, 1951 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A exibição de DER VERLORENE, substitui a do inicialmente programado HANNA AMON por indisponibilidade da cópia.
Escrito, realizado e interpretado pelo inesquecível intérprete de M, quando do seu regresso à Alemanha no pós-guerra, DER VERLORENE é um dos mais insólitos e intrigantes filmes da História do cinema e está para o cinema alemão deste período como o filme de Lang esteve para a fase anterior, na forma como expõe os sintomas de uma sociedade doente, tendo como personagem também um assassino psicopata que age por impulsos momentâneos. Único filme realizado por Lorre e uma joia única, como THE NIGHT OF THE HUNTER foi para outro grande ator: Charles Laughton.
09/11/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
República Federal da Alemanha 1949-63: Amados e Rejeitados
Der Gläserne Turm
A Torre de Vidro
de Harald Braun
com Lilli Palmer, O. E. Hasse, Peter van Eyck
República Federal da Alemanh, 1957 - 104 min
legendados eletronicamente em espanhol| M/12
Um dramaturgo americano convence uma atriz retirada a voltar aos palcos, mas isto suscita o ciúme do marido dela, um homem rico, que tenta matá-la e se suicida. A mulher sobrevive e é acusada do homicídio do marido. Harald Braun (1901-60, ativo entre 1942 e o ano da sua morte) utiliza com habilidade os elementos modernos (portas de vidro, um gravador, uma moderna clínica psiquiátrica) para reforçar o ambiente narrativo. Na época, o crítico do New York Herald Tribune observou que “os três atores principais são notáveis. À exceção da intriga, tudo é tão suave e liso como as portas de vidro de correr do apartamento da mulher.”
09/11/2016, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
República Federal da Alemanha 1949-63: Amados e Rejeitados
Kommunikation – Technik der Verständigung | Jonas
duração total da projeção: 91 min | M/12
KOMMUNIKATION – TECHNIK DER VERSTÄNDIGUNG
“Comunicação – Técnica de Informação”
de Edgar Reitz
JONAS
de Ottomar Domnick
com Robert Graff, Dieter Eppler, Elisabeth Bohaty
República Federal da Alemanha, 1961, 1957 – 10 e 81 min / legendados eletronicamente em português
Ottomar Domnick (1907-89) teve uma carreira intermitente, entre meados dos anos cinquenta e finais dos anos setenta. JONAS, o seu filme mais conhecido, foi feito com baixo orçamento e à margem da indústria. Trata-se de uma parábola sobre um tipógrafo que, querendo ter um ar mais “respeitável”, compra um chapéu de marca. Este acaba por ser roubado e, por sua vez, o homem rouba um segundo chapéu. À época, o crítico Gunter Kroll observou que se trata da “história de um homem que saiu para comprar um chapéu e encontrou a sua consciência. Uma história muito simples e ao mesmo tempo muito complicada: realista como um noticiário e fantástica como um sonho”. A abrir a sessão, uma curta-metragem de Edgar Reitz, encomendada pelos serviços postais alemães, que queriam veicular uma imagem moderna, num momento de grandes mudanças nas telecomunicações, um tema que fascinava o realizador, que observou num texto de 1998: “KOMMUNIKATION parece descrever os começos ingénuos de uma nova tecnologia. Mas também vislumbra o mundo em que vivemos hoje”.