LES ANTIQUITEÉS DE ROME revela como cada lugar, cada quarto, cada monumento tem a sua própria geografia. Um trabalho poético sobre a duração, cuja intensidade é ampliada e ameaçada pelo seu suporte de origem, o S8 (entretanto transposto para 16mm). LES ANTIQUITEÉS DE ROME prolonga assim o trabalho iniciado com as primeiras curtas-metragens do cineasta, onde a noção de quadro e de geometria, mas também as suas vivências quotidianas, se revelam como uma componente essencial. “Estruturando-se em sete partes o filme procurará dar conta das várias geografias (ou geometrias) da cidade de Roma, onde as variações luminosas desempenham um papel primordial (…) Rousseau move-se aqui muitas vezes na fronteira do percetível, revelando visões fantasmagóricas, cujo mistério é acentuado pelo próprio suporte. Nenhuma sequência ilustra melhor esta situação que o enigmático quadrado negro do Fórum de Trajano, de cujas trevas emerge o cineasta” (Joana Ascensão).