11/12/2014, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
CRUZEIRO SEIXAS / NÃO VIVI, MAS, DEIXAREI DOCUMENTOS DESSE NÃO VIVER (excerto) | AUTOGRAFIA
CRUZEIRO SEIXAS / NÃO VIVI, MAS, DEIXAREI DOCUMENTOS DESSE NÃO VIVER (excerto)
de Cláudia Rita Oliveira
Portugal, 2014 – 2 min
AUTOGRAFIA
de Miguel Gonçalves Mendes
com Mário Cesariny
Portugal, 2004 – 110 min
Uma sessão sob o signo do surrealismo e do retrato de duas figuras maiores da cultura portuguesa: Mário Cesariny e Artur Cruzeiro Seixas, em duas produções da JumpCut. Dez anos depois da sua primeira apresentação pública, voltamos a AUTOGRAFIA, de Miguel Gonçalves Mendes com Mário Cesariny, e conhecemos um excerto de apresentação de CRUZEIRO SEIXAS / NÃO VIVI, MAS, DEIXAREI DOCUMENTOS DESSE NÃO VIVER, de Cláudia Rita Oliveira com Artur Cruzeiro Seixas, um filme ainda em fase de montagem. Para um retrato de Cesariny, “não o poeta ou o pintor, mas sim o homem e as suas convicções”, Miguel Gonçalves Mendes escolheu como fio condutor o poema de Cesariny, Autografia. AUTOGRAFIA “Neste documentário/registo existem vários planos: o da análise do poema; o das respostas; o do seu trabalho (exposto na sua intimidade) e o da nossa própria interpretação, uma espécie de respigar/reciclar de citações e de conteúdos que acabam por nos permitir uma apropriação de Mário Cesariny”. Ante-estreado em maio de 2004 na Cinemateca, AUTOGRAFIA foi o filme português vencedor do DocLisboa 2004. Cláudia Rita OIiveira apresenta assim o seu filme: “[…] Mário Cesariny teve um papel determinante na vida de Cruzeiro Seixas – entre o amor e o ódio, parece ser impossível ao Mestre Cruzeiro Seixas falar de si, da sua poesia, da sua pintura, das suas viagens e de surrealismo, sem falar de Cesariny. Nos, cerca de, 43 diários gráficos que produziu Cruzeiro Seixas concretiza, através de desenhos, recortes de jornal, desaforismos e outros apontamentos, o seu encontro/desencontro com a vida e com Mário Cesariny. ‘Da minha vida nada vai ficar de definitivo, de concluído, de clarificado. Não tive público, nem amigos, nem amor, que verdadeiramente merecesse esse nome. NÃO VIVI, mas, curiosamente, deixarei documentos desse não viver.’ Este documentário pretende contrapor estes cadernos (que documentam uma existência com vida) com o olhar crítico, revoltado, inconformado, pessimista, mas no entanto frágil, sensível e com humor, do seu documentador, Mestre Artur do Cruzeiro Seixas, de 93 anos”.