14/10/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Alain Resnais
No âmbito da 15ª Festa do Cinema Francês, organizada pela Embaixada de França, o Institut Français du Portugal e a Alliance Française
NO SMOKING
Não Fumar
de Alain Resnais
com Sabine Azéma, Pierre Arditi
França, 1993 - 146 min
legendado em português | M/12
Mais do que um par, NO SMOKING é uma incursão numa espécie de universo paralelo de SMOKING, onde os acidentes mais ou menos cómicos entre os vários pares adquirem uma faceta melancólica e algo trágica. O percurso é contado na mesma grelha de “alternativas” vista em SMOKING, mas destaca-se por subtis alterações narrativas.
15/10/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Alain Resnais
No âmbito da 15ª Festa do Cinema Francês, organizada pela Embaixada de França, o Institut Français du Portugal e a Alliance Française
PROVIDENCE
Providence
de Alain Resnais
com John Gielgud, Dirk Bogarde, Ellen Burstyn
França, Suíça, 1977 - 110 min
versão francesa, legendada eletronicamente em português | M/12
Três anos depois de STAVISKY, Alain Resnais conta-nos a história de um velho romancista inglês que decide escrever um livro baseado em personagens da sua família. Cada qual parece pior do que o outro, mas serão mesmo assim ou será isto fruto da má vontade do escritor? O filme é composto como um puzzle, um pouco à maneira de CITIZEN KANE. Como de costume, Resnais arma “um grande jogo do imaginário”, numa das suas obras mais complexas e, paradoxalmente, mais transparentes, como observou Manuel Cintra Ferreira.
16/10/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Alain Resnais
No âmbito da 15ª Festa do Cinema Francês, organizada pela Embaixada de França, o Institut Français du Portugal e a Alliance Française
MON ONCLE D’AMÉRIQUE
O Meu Tio da América
de Alain Resnais
com Gérard Depardieu, Nicole Garcia, Roger Pierre, Nelly Borgeaud, Pierre Arditi, Marie Dubois
França, 1980 - 120 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Neste seu filme, primeiro de cinco realizados nos anos oitenta, Resnais procede ao que se pode chamar uma análise do comportamento humano, a partir das teses do professor Henri Laborit (que no filme interpreta o seu próprio papel) desenvolvidas com o estudo do comportamento animal em laboratório, e que determina que ele se rege por pulsões inconscientes. As diversas personagens do filme são, de certo modo, ilustrações dessa ideia. Polémico e atacado pelo didatismo e como veículo de teses reacionárias, MON ONCLE D’AMÉRIQUE constrói-se na confluência de vários níveis e linhas de ação dramática, estruturado em atos a partir de materiais e inspirações diversas. Foi um considerável êxito comercial na carreira de Resnais.
16/10/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Alain Resnais
No âmbito da 15ª Festa do Cinema Francês, organizada pela Embaixada de França, o Institut Français du Portugal e a Alliance Française
COEURS
Corações
de Alain Resnais
com Sabine Azéma, Pierre Arditi, André Dussollier, Lambert Wilson, Laura Morante
França, 2006 - 125 min
legendado em português | M/12
Adaptação de uma peça teatral do dramaturgo inglês Alan Ayckbourn, o mesmo do díptico SMOKING / NO SMOKING. Numa Paris debaixo de um intenso nevão, várias personagens, todas elas um pouco “perdidas”, vão-se cruzando e descruzando, aproximando e afastando, numa estrutura narrativa onde o acaso e as coincidências têm um papel decisivo. Os atores são a habitual trupe de Resnais, em estado de graça, e os décors (praticamente só interiores) são a “outra” personagem de COEURS. Um bairro que é um não-lugar.
16/10/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
Alain Resnais
No âmbito da 15ª Festa do Cinema Francês, organizada pela Embaixada de França, o Institut Français du Portugal e a Alliance Française
GHARE BAIRE
A Casa e o Mundo
de Satyajit Ray
com Soumitra Chatterjee, Victor Bannerjee, Swatilekha Chatterjee, Gopa Aich
Índia, 1983 - 140 min
legendado em português | M/12
Sem ser exatamente um remake de CHARULATA (1964), este filme segue uma trama narrativa muito próxima daquela obra-prima. A CASA E O MUNDO é uma obra de uma complexidade magnífica sobre a História. Na vacilação entre o antigo e o novo, entre o fluxo vital da revolta e a imobilidade da casta, Ray desnuda totalmente os debates modernos: a necessidade individual contra o destino coletivo, o terrorismo. Cruelmente, tudo se inverterá: “Aquele que não acredita na História vai imolar-se aos seus pés, enquanto o profissional da política escapa como uma enguia. E, como sempre, o pincel de Ray concentra-se num magnífico retrato de mulher” (Jacques Fieschi).