Em 1936, a marijuana foi proibida nos Estados Unidos. Hollywood produziu de imediato um filme de série C sobre os diabólicos perigos da droga, que causa suicídios e assassinatos ao cabo da primeira “passa”. A introdução e a conclusão do filme são feitos, como é hábito, por um “especialista” na questão. Esta comédia involuntária foi assinada por um veterano cineasta francês, que fez alguns célebres serials americanos nos anos dez do século XX e que nos anos trinta foi o realizador oficial de filmes protagonizados por Carlos Gardel. Também conhecido por TELL YOUR CHILDREN ou THE BURNING QUESTION, DOPE ADDICT, DOPED YOUTH ou LOVE MADNESS, REEFER MADNESS foi uma redescoberta dos anos setenta. Um título de culto que tem integrado as listas dos “piores filmes de sempre”. Ou um curioso trash movie.

42ND STREET foi o filme que fez a glória de Busby Berkeley, com as suas delirantes coreografias baseadas em efeitos óticos e não de palco. Como sucede em tantos filmes musicais, conta a história de um encenador que tenta montar um espetáculo. O último número musical é a sua apoteose, celebrando a agitação de Nova Iorque: pintada em telão por trás dos bailarinos, a cidade é dada a ver em arranha-céus que se confundem com os próprios bailarinos e as suas sombras. Ginger Rogers tem aqui um papel relativamente secundário.

O primeiro dos três filmes de Mamoulian para a Fox é um dos mais notáveis filmes de aventuras de todos os tempos, com Tyrone Power no duplo papel do sofisticado Diego e do destemido justiceiro mascarado, que luta para libertar a sua terra. Um filme espetacular, em que cada duelo é encenado como um bailado.

Um dos filmes menos conhecidos de Dorothy Arzner, uma das poucas realizadoras de cinema em Hollywood antes da Segunda Guerra. Com a passagem do tempo, descobriu-se em DANCE, GIRL, DANCE, que tem por tema a ambição de uma jovem bailarina, um filme feminista avant la lettre em particular no discurso final de Maureen O’Hara.