23/06/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
Belarmino
de Fernando Lopes
com Belarmino Fragoso, Albano Martins, Júlia Buisel
Portugal, 1964 - 72 min
M/12
Produções António da Cunha Telles
É um dos filmes chave do Cinema Novo Português, produzido por António Cunha Telles com uma equipa pequena de jovens iniciados e baixo orçamento pouco depois de OS VERDES ANOS de Paulo Rocha. BELARMINO capta uma Lisboa noturna e marginal como até então ninguém a tinha filmado. Utilizando métodos semelhantes aos do cinema direto, Fernando Lopes segue Belarmino Fragoso, um pugilista, e através dele mostra os sinais de uma cidade (e de um país) à beira do sufoco. “BELARMINO é o nosso ‘filme negro’, o nosso filme de guerra, de gangsters ou de aventuras: fala da solidão e do medo. Fala de algo universal e por isso resiste” (José Manuel Costa).
23/06/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro / Antonio das Mortes
de Glauber Rocha
com Maurício do Valle, Odete Lara, Lorival Pariz, Antonio Piranga
Brasil, 1969 - 95 min
M/12
Distribuídos por António da Cunha Telles
Mais conhecida como ANTONIO DAS MORTES, esta primeira longa-metragem a cores de Glauber Rocha amplia o universo de DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, com uma mise-en-scène que tem alguns pontos em comum com o western spaghetti. O filme aproxima certos mitos populares brasileiros e a alegoria política. O protagonista, Antonio das Mortes, assassino por contrato a serviço dos poderosos, já surgira em DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL. Mas desta feita acaba por se voltar contra eles e massacra os representantes da ordem estabelecida. “ANTONIO DAS MORTES é o meu ALEXANDRE NEVSKI, é o ALEXANDRE NEVSKI do sertão, a ópera global inspirada pelas lições de Eisenstein” (Glauber Rocha). Estreado a 13 de outubro de 1972 no cinema Estúdio, com distribuição da Animatógrafo.
24/06/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
Numéro Deux
Número Dois
de Jean-Luc Godard
com Sandrine Battistella, Pierre Oudry, Alexandre Rignault, Rachel Stefanol
França, 1975 - 86 min
legendado em português | M/12
Distribuídos por António da Cunha Telles
NUMÉRO DEUX aborda as relações de poder estabelecidas no seio de uma família no interior de um moderno apartamento. Assentando na justaposição e sobreposição de imagens que apelam a uma pluralidade de leituras, é uma experiência única na obra de Godard, antecipando os seus trabalhos futuros em vídeo. O mestre (Nicholas Ray, por esta altura embrenhado no “experimentalismo” de WE CAN’T GO HOME AGAIN) e o discípulo (Godard) a colocarem-se, ao mesmo tempo e sem que um soubesse do outro, questões formais semelhantes. Ou ainda: o “clássico” e o “moderno” em linhas paralelas na invenção/preparação de um “pós-cinema”. Estreado a 23 de setembro de 1976 no cinema Universal, com distribuição da Animatógrafo.
24/06/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
O Crime de Aldeia Velha
de Manuel Guimarães
com Barbara Laage, Rogério Paulo, Mário Pereira, Maria Olguim, Rui Gomes, Glicínia Quartin
Portugal, 1964 - 115 min
M/12
Produções António da Cunha Telles
Adaptação de uma peça de Bernardo Santareno, por sua vez inspirada num facto verídico, ocorrido no norte do país em 1908. A história de uma mulher que se julga possessa e que é queimada numa fogueira pelo povo da aldeia como forma de exorcismo, depois de dois homens se terem suicidado por amor dela. Um requisitório contra a superstição num dos filmes mais interessantes de Manuel Guimarães. Cunha Telles produziu dois filmes consecutivos de Manuel Guimarães (O CRIME DE ALDEIA VELHA, em cujo genérico figura como produtor executivo, e O TRIGO E O JOIO, onde partilha os créditos de produção com o próprio Manuel Guimarães, Artistas e Técnicos Associados e Tobis Portuguesa), o realizador português não iniciado de que foi produtor nos anos sessenta.
24/06/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
As Ilhas Encantadas
de Carlos Villardebó
com Amália Rodrigues, Pierre Clementi, Pierre Vaneck, João Guedes
Portugal, França, 1965 - 89 min
M/12
Produções António da Cunha Telles
Ousado projeto de produção de Cunha Telles, AS ILHAS ENCANTADAS é a única incursão na longa-metragem do documentarista Carlos Villardebó, português fixado em França, segundo uma novela de Herman Melville. Um marinheiro francês chega a uma ilha que julga deserta e nela encontra uma mulher singular, solitária desde a morte do marido e irmão. Amália Rodrigues num dos seus grandes e porventura menos conhecidos papeis no cinema.