16/06/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
O Cerco
de António da Cunha Telles
com Maria Cabral, Miguel Franco, Ruy de Carvalho, Zita Duarte, Lia Gama, Manuela Maria, Armando Cortez, Mário Jacques, David Hudson
Portugal, 1970 - 115 min
M/12
Realizados por António da Cunha Telles
com a presença de António da Cunha Telles
Eco tardio do Cinema Novo português dos anos sessenta (foi realizado com película 35mm vinda da rodagem de MUDAR DE VIDA de Paulo Rocha), o filme em que Cunha Telles se estreou no duplo papel de argumentista e realizador foi também o filme que revelou a extraordinária fotogenia de Maria Cabral, aqui no papel de uma personagem que atravessa o filme, tão cercada com a cidade com que a sua história se mistura: Lisboa, 1969. Produção Cinenovo Filmes, com produção executiva de Virgílio Correia, tem fotografia de Acácio de Almeida e música de António Victorino d’Almeida. Apresentado em Cannes em maio de 1970, foi um grande sucesso público do cinema português dos anos setenta.
17/06/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
Meus Amigos
de António da Cunha Telles
com Manuel Madeira, Teresa Motta, António Modesto Navarro, José Vaz Pereira, Maria Otília, Lia Gama, Manuela Maria, Henrique Espírito Santo
Portugal, 1974 - 144 min
M/12
Realizados por António da Cunha Telles
com a presença de António da Cunha Telles
Segunda longa-metragem de António da Cunha Telles (realização e argumento), MEUS AMIGOS é de 1974 (estreou a 11 de março, sendo portanto um filme “pré-abril”) e retrata as lutas estudantis no cenário universitário e lisboeta de 1962. “Filmado em registo de semi-improvisação, com não atores e atores profissionais em começo de carreira, MEUS AMIGOS mantém os traços de uma peça indissociável do momento histórico em que emergiu, nele incluídas as influências cinematográficas que o filme parece reivindicar enquanto desejo de contemporaneidade” (Maria João Madeira). Dirigida por Henrique Espírito Santo, a produção é do Centro Português de Cinema, da Tobis e da Animatógrafo. A fotografia é de Acácio de Almeida, o texto do genérico, de Irene Lisboa.
18/06/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
Os Transportes | Continuar a Viver ou Os Índios da Meia Praia
duração total da sessão: 119 min
M/12
Realizados por António da Cunha Telles
com a presença de António da Cunha Telles
OS TRANSPORTES
de António da Cunha Telles, Alfredo Tropa
com Fernanda Borsatti, Pedro Bandeira Freire, Maria Teresa Torres
Portugal, 1962 – 11 min
CONTINUAR A VIVER OU OS ÍNDIOS DA MEIA PRAIA
de António da Cunha Telles
com José Veloso, José Romão/Foinhas, Fernando Romão, pescadores da Meia Praia
Portugal, 1976 – 108 min
Em CONTINUAR A VIVER, Cunha Telles filma a experiência levada a cabo após o 25 de abril de 1974 na comunidade piscatória da Meia Praia, em Lagos: entre 74 e 76 foi ensaiado um projeto com o apoio do SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório) que implicou a substituição das casas tradicionais por moradias de pedra e a tentativa de criação de uma cooperativa de pesca. Num registo que cruza a atmosfera de militância dos tempos que corriam com um olhar mais etnográfico, a terceira longa-metragem de Cunha Telles foi produzido pela Animatógrafo, tem fotografia de Acácio de Almeida e conta com a bela e célebre canção de Zeca Afonso. Ante-estreado em Lagos, estreado a 25 de abril de 1977, foi apresentado nesse mesmo ano em Cannes. A abrir a sessão é apresentado OS TRANSPORTES, produzido pela Direção Geral do Ensino Primário. Foi o primeiro filme educativo do Serviço de Produção do Ensino Primário, dirigido por Alfredo Tropa e Cunha Telles depois do seu regresso de Paris e é uma primeira exibição na Cinemateca.
19/06/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
Espoir – Sierra de Teruel
Espoir – Sierra de Teruel
de André Malraux
com José Sempere, Andrès Mejuto, Julio Peña, Pedro Codina
Espanha, França, 1939 - 70 min
legendado em português | M/12
Distribuídos por António da Cunha Telles
Originalmente programado para dia 20, às 19h, o filme é projetado nesta data numa alteração de última hora
É um dos mais famosos filmes que tiveram por cenário a guerra civil de Espanha. Talvez seja o mais mítico sendo, seguramente, o mais comprometido, porque feito por alguém que a viveu, e foi filmado nos próprios locais do conflito. Inspirando-se no romance que escrevera e na sua experiência de combatente, André Malraux filmou o drama dos aviadores republicanos sobreviventes da queda do avião e o seu salvamento por civis, na serra de Teruel. Estreado a 18 de janeiro de 1975 no cinema Universal, com distribuição da Animatógrafo.
19/06/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
António da Cunha Telles – Continuar a Viver
Attica
Attica
de Cinda Firestone
Estados Unidos, 1972 - 78 min
legendado em português | M/12
Distribuídos por António da Cunha Telles
ATTICA pode ser descrito como um retrato da justiça americana centrado na revolta a 9 de setembro de 1971 dos reclusos da Prisão de Attica ao cabo de vários meses de protesto contra condições de vida inumanas. Os acontecimentos envolveram a morte de 43 pessoas. O filme de Cinda Firestone, que antes fora assistente de Emile de Antonio, resulta de uma aturada investigação sobre a revolta e o seu “rescaldo”, integrando depoimentos de prisioneiros e imagens de arquivo da ocupação. É uma referência do cinema documental americano do início dos anos setenta, “uma memória atroz e especialmente comovente” (Vincent Canby, New York Times). Estreado a 1 de fevereiro de 1975, com distribuição da Animatógrafo. Primeira exibição na Cinemateca.