25/03/2024, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
SANATÓRIO DO OUTÃO
de Virgílio Nunes
Portugal, 1930 – 12 min
APARELHO VOADOR A BAIXA ALTITUDE
de Solveig Nordlund
com Margarida Marinho, Miguel Guilherme, Rui Morrison, Rita Só
Portugal, 2002 - 82 min | M/12
A recente selecção no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, onde a nova cópia digital de APARELHO VOADOR A BAIXA ALTITUDE integrou a secção Cinema Regained, permite observar, com mais detalhe, a permanente atualidade do cinema de Solveig Nordlund, realizadora à qual a Cinemateca prestou justa homenagem com uma retrospetiva em 2022 (para além deste filme, o FILMar digitalizou, ainda, ATÉ AMANHÃ, MÁRIO de 1993). O foco particular no corpo da mulher como mal da sociedade, a perseguição ao livre pensamento, a resistência vista como inadequação aos ditames das maiorias auto-proclamadas eram, no final da década de 1970, quando J.G.Ballard escreveu o conto adaptado e transferido, depois, para o Portugal vencedor de distinções internacionais no final do milénio, mas esventrado como as ruínas dos edifícios que expunham as contradições do capitalismo, então como hoje, matéria de ativa e necessária reflexão. Porque o filme de Solveig Nordlund é filmado nas ruínas de Tróia, lugar de refúgio para o casal interpretado por Margarida Marinho e Miguel Guilherme, que procuram sobreviver à ditadura imposta por um regime que determina que os corpos enfermos das crianças devem ser proscritos, mostramos um documentário de 1930, sobre o Sanatório do Outão, instalado em 1900 por iniciativa real numa antiga prisão na Serra da Arrábida, e focado na cura hélio-marítima para a tuberculose, primeiro dedicado a crianças do sexo feminino e, depois, alargado a rapazes e mulheres.
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