04/11/2017, 15h00 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
Empire
de Andy Warhol
Estados Unidos, 1964 - 485 min
mudo, sem diálogos | M/12
Na sua versão integral EMPIRE apresenta 8 horas e 5 minutos de duração e consiste num plano fixo do famoso Empire State Building. Um filme marcante de Andy Warhol que retrata um dos grandes ícones de Nova Iorque, aqui assumido como uma representação metonímica da própria cidade. A duração de EMPIRE e as suas características fazem dele um caso único na história do cinema. Raramente projetado na sua totalidade, cada exibição é um acontecimento único. Rodado a 24 imagens por segundo, foi pensado para ser projetado à velocidade de 16 imagens por segundo, o que torna mais impercetíveis as mudanças. É apresentado pela primeira vez na Cinemateca na sua integralidade.
06/11/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade III
Regen | Dimanche à Pekin | Paris à l'Aube | …À Valparaíso | Tokyo Days
duração total da projeção: 96 min | M/12
REGEN
“Chuva”
de Joris Ivens, Mannus Franken
Holanda, 1929 – 12 min / mudo, intertítulos legendados eletronicamente em português
DIMANCHE À PEKIN
de Chris Marker
França, 1956 – 20 min / legendado eletronicamente em português
PARIS À L'AUBE
de Johan van der Keuken
França, 1960 – 10 min / sem diálogos
…À VALPARAÍSO
de Joris Ivens
França, Chile, 1964 – 34 min / legendado eletronicamente em português
TOKYO DAYS
de Chris Marker
França, 1988 – 20 min / legendado eletronicamente em português
Uma sessão dedicada a grandes cineastas-viajantes que, ao longo das suas obras maioritariamente documentais, retrataram magistralmente várias cidades. De Ivens mostramos REGEN, poema cinematográfico sobre os efeitos das chuvas nas ruas de Amesterdão fortemente conotado com as sinfonias urbanas suas contemporâneas, mas também …À VALPARAÍSO, documentário que realizou mais de trinta anos depois na cidade chilena em que a vida é uma luta constante contra a geografia e que contou com a colaboração de Chris Marker como autor do comentário. Em DIMANCHE À PEKIN Marker reflete sobre a relação entre a tradição e a modernidade a partir da cidade de Pequim e das suas memórias, escolhendo um dia de inatividade, o domingo, para revelar o dinamismo da nova China. Mas a cidade de eleição de Marker foi Tóquio, à qual dedicou vários filmes entre os quais TOKYO DAYS, em que cria um compósito registo da mesma. PARIS À L'AUBE é o primeiro filme de Johan van der Keuken, retrato poético da cidade que anuncia o seu talento como cineasta. DIMANCHE À PEKIN (a apresentar em cópia digital) e TOKYO DAYS são primeiras exibições na Cinemateca.
06/11/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade III
The Fountainhead
Vontade Indómita
de King Vidor
com Gary Cooper, Patricia Neal, Raymond Massey, Kent Smith
Estados Unidos, 1949 - 112 min
legendado em português | M/12
A par de THE CROWD, THE FOUNTAINHEAD é a grande obra de King Vidor que nos dá um brilhante retrato da cidade moderna que é Nova Iorque. Adaptado do romance de Ayn Rand, THE FOUNTAINHEAD é aquele em que melhor se expõe a sua forma de ver o mundo e o seu individualismo. Vagamente inspirado na figura de Frank Lloyd Wright, é a história de um arquiteto que prefere destruir com dinamite um edifício que projetara a permitir a sua adulteração. O julgamento final é uma autêntica profissão de fé do individualismo contra as ideologias coletivistas.
07/11/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
O Cinema e a Cidade III
Ignoti alla Città | Moi, un Noir
duração total da projeção: 93 min | M/12
IGNOTI ALLA CITTA
de Cecilia Mangini
Itália, 1958 – 13 min / legendado eletronicamente em português
MOI, UN NOIR
de Jean Rouch
com Oumara Ganda, Touré Mohammed, Alassane Maiga, Mlle Gambi
França, 1958 – 80 min / legendado eletronicamente em português
Com um magnífico comentário assinado por Pier Paolo Pasolini e autoria de Cecilia Mangini, IGNOTI ALLA CITTÀ retrata a vida, os problemas e as esperanças dos rapazes dos bairros populares de Roma e seus subúrbios. Do mesmo ano que o filme de Mangini e partilhando com este uma mesma liberdade é MOI, UN NOIR. Primeira longa-metragem do cineasta rodada na Costa do Marfim, esta obra-prima do cinema moderno mistura ficção e realidade, através da rotina de três jovens do Níger que emigraram para Abidjan e “encenam o seu ser imaginário”, nas palavras de Jean-André Fieschi. Por isso, estes habitantes de um bairro de lata, que vivem “sábados e domingos num Eldorado imaginário” (Rouch), adotam pseudónimos como Edward G. Robinson, Eddie Constantine ou Dorothy Lamour. O desempenho dos atores amadores é excecional. Godard reconheceu a sua dívida para com MOI, UN NOIR. Um filme emblemático no modo como explora as memórias de uma cidade colonial e dos seus habitantes nas suas múltiplas relações com o cinema. A apresentar em cópias digitais.
08/11/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
O Cinema e a Cidade III
Kino Otok | Bla Cinima
duração total da projeção: 117 min | M/12
KINO OTOK
"Ilhas dos Cinemas Esquecidos"
de Ivan Ramljak
Croácia, 2016 – 35 min / legendado eletronicamente em português
BLA CINIMA
“Sem Cinema”
de Lamine Ammar-Khodja
França, Argélia, 2014 – 82 min
KINO OTOK é um documentário poético sobre a perda da cultura cinematográfica e das suas salas nas pequenas povoações das ilhas croatas durante a segunda metade do século XX. BLA CINIMA interroga os destinos de uma sala de cinema de Argel e os destinos da cidade ao mesmo tempo que traça uma reflexão em filigrana sobre o cinema na Argélia. Os encontros espontâneos e as conversas são o motor de um filme ancorado nas ruas. Primeiras exibições na Cinemateca.