06/07/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Fantasmas ao Nosso Encontro
Sylvie et le Fântome
Silvia e o Fantasma
de Claude Autant-Lara
com Odette Joyeux, François Périer, Pierre Larquey, Jean Desailly, Jacques Tati
França, 1946 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O filme de Autant-Lara a partir da peça de Alfred Adam conta com Jacques Tati no pequeno papel do fantasma de Alain de Francigny. É ele quem personifica o fantasma infeliz do retrato que fascina Sylvie, cujo pai, por esse mesmo motivo, faz “voltar à vida”, multiplicado, como presente de aniversário de 16 anos. Na história, a adolescente vê-se confrontada não com um mas com quatro espectros – um trio de “falsos fantasmas” e um “fantasma verdadeiro”. SYLVIE ET LE FÂNTOME ocupa o lugar do filme francês com mais trucagens de estúdio (um único cenário, num vidro visto a 180 graus com fundo de veludo negro) até à data em que foi realizado e durante largo tempo depois disso. Na Cinemateca, passou uma única vez (precisamente num Ciclo dedicado a Tati em 1987).
06/07/2017, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Fantasmas ao Nosso Encontro
Blithe Spirit
Uma Mulher do Outro Mundo
de David Lean
com Rex Harrison, Kay Hammond, Constance Cummings, Margaret Rutheford
Reino Unido, 1945 - 96 min
legendado em espanhol | M/12
O terceiro filme de David Lean, ainda em colaboração com Noel Coward (argumentista e autor da peça adaptada, que foi um sucesso histórico no palco), é um dos seus melhores trabalhos, contando, em technicolor, as peripécias de um viúvo que regressa a casa em segundas núpcias e começa a ter a visita do fantasma da primeira mulher. De fato verde e unhas encarnadas, a primeira mulher é um fantasma “sexy” suficientemente assustador para espicaçar o fantasma do ciúme que assombra a segunda mulher. As elipses da intriga e os “oh’s” dos diálogos favorecem a comédia e o filme, uma surpresa a não descartar também na “filmografia espectral” dos anos quarenta.
07/07/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Fantasmas ao Nosso Encontro
Smultronstället
Morangos Silvestres
de Ingmar Bergman
com Victor Sjöström, Ingrid Thulin, Bibi Andersson, Gunnar Björnstrand
Suécia, 1957 - 89 min
legendado em português | M/12
Um professor jubilado (a homenagem perfeita a Sjöström, que Bergman já filmara em RUMO À FELICIDADE) evoca o seu passado durante a viagem para a cerimónia. O encontro dos dois nomes maiores do cinema sueco, o clássico Sjöström e o moderno Bergman (que tanto foi beber ao primeiro), numa das mais belas meditações sobre a vida e a velhice que o cinema nos deu. A viagem para o jubileu transmuta-se na vertigem de uma revisitação ao passado que coincide com o tempo presente e o tempo futuro, fazendo conviver o realismo com um onirismo absolutamente perturbador, e surreal quando o professor é posto face a um espelho, na mais celebrada sequência de MORANGOS SILVESTRES. A apresentar em cópia digital.
07/07/2017, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Fantasmas ao Nosso Encontro
Sylvie et le Fântome
Silvia e o Fantasma
de Claude Autant-Lara
com Odette Joyeux, François Périer, Pierre Larquey, Jean Desailly, Jacques Tati
França, 1946 - 97 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O filme de Autant-Lara a partir da peça de Alfred Adam conta com Jacques Tati no pequeno papel do fantasma de Alain de Francigny. É ele quem personifica o fantasma infeliz do retrato que fascina Sylvie, cujo pai, por esse mesmo motivo, faz “voltar à vida”, multiplicado, como presente de aniversário de 16 anos. Na história, a adolescente vê-se confrontada não com um mas com quatro espectros – um trio de “falsos fantasmas” e um “fantasma verdadeiro”. SYLVIE ET LE FÂNTOME ocupa o lugar do filme francês com mais trucagens de estúdio (um único cenário, num vidro visto a 180 graus com fundo de veludo negro) até à data em que foi realizado e durante largo tempo depois disso. Na Cinemateca, passou uma única vez (precisamente num Ciclo dedicado a Tati em 1987).
10/07/2017, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Fantasmas ao Nosso Encontro
Ugetsu Monogatari
Contos da Lua Vaga
de Kenji Mizoguchi
com Kinuyo Tanaka, Masayuki Mori, Machiko Kyo
Japão, 1953 - 96 min
legendado em português | M/14
Este é não só o mais célebre título da obra de Mizoguchi, mas provavelmente também o mais complexo, e o preferido de inúmeros cinéfilos. Uma extraordinária experiência narrativa, que mistura um clássico da literatura japonesa, lendas chinesas e ainda umas pitadas de Maupassant (sem falar no teatro tradicional japonês) para criar um universo fantástico (inclusive em termos visuais) onde tempo e espaço se dissolvem e se transformam numa “coisa mental”. OS CONTOS DA LUA VAGA vai muito longe “na dimensão sobrenatural ou surreal, dedicando uma longa parte dele a um fantasma e a uma relação fantomática entre um homem bem vivo e uma mulher há muito morta. […] Parece que ‘ugetsu’, a expressão traduzida por ‘lua vaga’, se refere ao luar de agosto (no Japão, primeiro luar depois da época das chuvas), que já fora, em Mizoguchi, luar de Yuki e luar de Oyu. Se assim for, este é um filme sobre o luar do desejo, forma do vazio, forma do cheio” (João Bénard da Costa).