23/12/2016, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
José Fonseca e Costa
Viúva Rica Solteira não Fica
de José Fonseca e Costa
com Bianca Byington, Cucha Carvalheiro, José Raposo, Rogério Samora, Ricardo Pereira, Diogo Dória, Anton Skrzypiciel
Portugal, Brasil, 2006 - 135 min | M/12
Há uma razão muito concreta para que VIÚVA RICA SOLTEIRA NÃO FICA seja o filme mais longo de José Fonseca e Costa: o número de personagens masculinas que buscam a atenção e o compromisso de Ana Catarina, jovem e atraente aristocrata regressada do Brasil à antiga alta sociedade portuguesa, e que encontram um destino: uma morte prematura. Apesar do tema recorrente, talvez seja esta a obra onde Fonseca e Costa, num filme histórico à volta da comédia de costumes, nos traz um olhar mais cruel sobre a inutilidade dos homens e o fascínio pelas personagens femininas, sem esquecer, também, a crítica às divisões sociais e à moral conservadora de uma sociedade portuguesa que encontra, ainda hoje, alguns paralelos com outros tempos. Primeira exibição na Cinemateca.
23/12/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
José Fonseca e Costa
Axilas
de José Fonseca e Costa
com Pedro Lacerda, Elisa Lisboa, Maria da Rocha, André Gomes, Paula Guedes, Rui Morrison
Portugal, 2016 - 84 min | M/16
Dez anos depois de VIÚVA RICA SOLTEIRA NÃO FICA, Fonseca e Costa pega num conto do escritor brasileiro Rubem Fonseca e filma, de novo, a adoração de uma singular personagem masculina (Pedro Lacerda) pela figura encantada de uma mulher (Maria da Rocha): um encontro entre o feitiço dos sentidos e da música e a estranha adoração pelas axilas femininas. Os interesses ocultos do subconsciente misturam-se, de novo, com o mapa social lisboeta e os traços da sua burguesia, juntando o olhar social do realizador às desventuras das suas fantasias. Fonseca e Costa viria a falecer no decurso da rodagem de AXILAS, tendo o filme sido concluído sob instruções deixadas ainda em vida. Primeira exibição na Cinemateca.
29/12/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
José Fonseca e Costa
Artes e Ofícios: Moustaki em Portugal | Artes e Ofícios: Miklós Jancsó | Napoléon et L’europe: Le Blocus
duração total da projeção: 96 min | M/12
ARTES E OFÍCIOS: MOUSTAKI EM PORTUGAL
de José Fonseca e Costa
Portugal, 1974 – 26 min
ARTES E OFÍCIOS: MIKLÓS JANCSÓ
de José Fonseca e Costa, Luís Filipe Costa
Portugal, 1974 – 18 min
NAPOLEON ET L’EUROPE: LE BLOCUS
de José Fonseca e Costa
com Jean-François Stevenin, Patrick Fierry, François Perot, Herman José, Nicolau Breyner, Mário Viegas, Ana Padrão
Portugal, 1990 – 52 min
Com a chegada do 25 de Abril, o Centro Português de Cinema dissolve-se em cinco cooperativas de produção. Uma delas, a Cinequanon, viria a ser responsável pela produção de três episódios de José Fonseca e Costa e Luís Filipe Costa para a série ARTES E OFÍCIOS na RTP, dos quais apresentamos dois: GEORGES MOUSTAKI, realizado apenas por Fonseca e Costa, concentra-se na vinda a Portugal do cantor e compositor francês, enquanto que MIKLÓS JANCSÓ filma a visita dos dois realizadores a uma rodagem de um filme do cineasta húngaro. Numa série internacional de seis episódios, rodada entre Portugal, França, Inglaterra, Espanha, Polónia e Itália, sobre a vida e carreira de Napoleão Bonaparte, Fonseca e Costa assina um episódio centrado nas invasões francesas. Primeiras exibições na Cinemateca.
30/12/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
José Fonseca e Costa
José Fonseca e Costa: A Descoberta da Vida, da Luz… e da Liberdade Também | José Fonseca e Costa: A Luz no Olhar
duração total da projeção: 104 min | M/12
JOSÉ FONSECA E COSTA: A DESCOBERTA DA VIDA, DA LUZ… E DA LIBERDADE TAMBÉM
de Diana Andringa
Portugal, 1996 – 50 min
JOSÉ FONSECA E COSTA: A LUZ NO OLHAR
de Paulo Adrião
Portugal, 2012 – 54 min
Dois documentários televisivos contam-nos a história da vida e do cinema de José Fonseca e Costa: o nascimento em África, a chegada a Portugal, a sua militância política na ditadura, a geração do Cinema Novo e a luta por uma nova linguagem no cinema português, assim como os vários projetos, concretizados e abortados, de uma carreira longa e diversificada, espelhando sempre, nos seus vários momentos, os desejos e angústias da sua vida pessoal e da vida de um país. Primeiras exibições na Cinemateca.