08/10/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Uma Outra Viagem pelo Cinema Francês
No âmbito da 17ª Festa do Cinema Francês em Colaboração com o Institut Français du Portugal
La Fille de D’Artagnan
A Filha de d’Artagnan
de Bertrand Tavernier
com Sophie Marceau, Philippe Noiret, Claude Rich, Sami Frey, Jean-Luc Bideau
França, 127 min - legendado em português | M/12
Livremente inspirado em Alexandre Dumas (Les Trois Mousquetaires e Vingt Ans Après), parcialmente rodado em Portugal e inicialmente concebido como um projeto do veterano italiano Riccardo Freda (que chegou a dirigir as filmagens durante alguns dias mas não é creditado), LA FILLE DE D’ARTAGNAN é um filme de capa e espada “à antiga”, protagonizado por Sophie Marceau, heroína de uma história que começa no outono de 1654 no sul de França: a jovem e fogosa Eloïse vive no convento onde o seu lendário pai a deixou. Pressentindo uma conspiração contra o futuro Luís XIV, Eloïse evoca o espírito dos mosqueteiros (o seu pai e os seus companheiros já estão velhos e reformados) e assume uma aventurosa missão.
10/10/2016, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Uma Outra Viagem pelo Cinema Francês
No âmbito da 17ª Festa do Cinema Francês em Colaboração com o Institut Français du Portugal
La Premiere Seance | Falbalas
duração total da sessão: 106 min | M/12
LA PREMIERE SEANCE
de Philippe Truffault
narração de Michel Piccoli
França, 1995 – 11 min / legendado em português
FALBALAS
Noivado Sangrento
de Jacques Becker
com Micheline Presle, Raymond Rouleau, Gabrielle Dorziat
França, 1945 – 95 min / legendado eletronicamente em português
Jacques Becker no mundo da alta-costura. Um grande costureiro parisiense seduz a noiva de um amigo e recusa depois casar-se com ela. Só quando esta se vai embora, toma consciência do que ela significava para si e o que representa a sua perda. Uma obra surpreendente e fortíssima, com um alucinante fetichismo, e uma interpretação absolutamente perfeita de Raymond Rouleau. Muitos a põem ainda acima de CASQUE D'OR ou de TOUCHEZ PAS AU GRISBI, como o mais requintado Becker. “Ele não tem rival para valorizar um pormenor que restitui todo o ambiente de uma época “ (Tavernier). A abrir a sessão, uma curta-metragem que reproduz o programa da primeira sessão pública do Cinematógrafo Lumière, a 28 de dezembro de 1895. FALBALAS é apresentado em cópia digital.
11/10/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Uma Outra Viagem pelo Cinema Francês
No âmbito da 17ª Festa do Cinema Francês em Colaboração com o Institut Français du Portugal
Le Crime de Monsieur Lange
de Jean Renoir
com René Lefèvre, Jules Berry, Florelle, Sylvia Bataille
França, 1935 - 78 min
legendado eletronicamente em português | M/12
A única colaboração de Jacques Prévert com Renoir resultou numa das grandes e ousadas obras-primas do realizador, no seu período mais fecundo. O filme é politicamente ousado, pois Monsieur Lange mata o (simpaticíssimo) patife que roubara o dinheiro de uma pequena editora em cooperativa e é inocentado por aqueles a quem conta o seu crime. E é formalmente ousado, pois é um objeto cinematográfico livre e solto, que não obedece a regras pré-estabelecidas, um exemplo entre muitos da riquíssima “imperfeição” do cinema de Renoir. A música é de Jean Wiéner. “Basta ver a fluidez com que são filmadas as cenas coletivas em Renoir. Almoços, reuniões onde as personagens cortam a palavra umas às outras, onde os diálogos se cavalgam, para reduzir a pó as críticas sobre a sua técnica” (Tavernier). A apresentar em cópia digital.
11/10/2016, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Uma Outra Viagem pelo Cinema Francês
No âmbito da 17ª Festa do Cinema Francês em Colaboração com o Institut Français du Portugal
La Nuit est Mon Royaume
de Georges Lacombe
com Jean Gabin, Simone Valère, Gérard Oury
França, 1951 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Ao voltar para Paris no fim da Segunda Guerra Mundial, depois de quatro anos de ausência (passados entre Hollywood e as tropas do General de Gaulle), Jean Gabin, maior vedeta do cinema francês dos anos trinta, não obteve o mesmo êxito, sem tão pouco ter sido rejeitado. O êxito regressaria definitivamente em 1953, com TOUCHEZ PAS AU GRISBI, de Jacques Becker. LA NUIT EST MON ROYAUME pertence a este período intermédio da carreira de Gabin, então em surdina. Trata-se da história de um homem que fica cego em virtude de um acidente e tem de reaprender a viver. Gabin, que teve a coragem de esconder os seus célebres olhos azuis atrás de óculos escuros durante quase todo o filme, obteve o prémio de melhor ator no Festival de Veneza. “É um dos filmes que retomam as virtudes da escola do pré-guerra” (Tavernier). Primeira exibição na Cinemateca.
12/10/2016, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Uma Outra Viagem pelo Cinema Francês
No âmbito da 17ª Festa do Cinema Francês em Colaboração com o Institut Français du Portugal
Cet Homme est Dangereux
Este Homem é Perigoso
de Jean Sacha
com Eddie Constantine, Colette Deréal, Grégoire Aslan
França, 1953 - 92 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Nos anos cinquenta, o ator americano Eddie Constantine tornou-se uma celebridade em França, em diversos filmes cujo protagonista era o agente secreto e detetive privado Lemmy Caution, criado pelo escritor inglês Peter Cheney nos anos trinta. Jean-Luc Godard transpôs a personagem e o seu ator para ALPHAVILLE. O rosto inconfundível de Constantine, a sua gabardina e o seu sotaque americano garantiam o êxito dos filmes. Em CET HOMME EST DANGEREUX, estreia de Constantine no papel de Lemmy Caution, este é um agente secreto que deve infiltrar uma organização criminosa internacional. Tavernier lembra-nos que Jean Sacha “tinha sido montador de Max Ophuls e Orson Welles. A influência de Welles é visível em CET HOMME EST DANGEREUX, filmado com focais curtas, pouco utilizadas no cinema francês, com um uso expressionista da luz, ângulos inesperados”. Primeira exibição na Cinemateca.