06/01/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1966, Uma Viagem Fantástica
Au Hasard Balthazar
Peregrinação Exemplar
de Robert Bresson
com Anne Wiazemsky, François Lafarge, Philippe Asselin, Pierre Klossowski
França, 1966 - 90 min
legendado em português | M/12
AU HASARD BALTHAZAR é uma fábula construída em torno de um burro que vagueia, ao acaso, de dono em dono. O cinema de Robert Bresson estava, por esta altura, no máximo do seu despojamento, num misto de simplicidade e gravidade formais. As deambulações do burro Balthazar exprimem uma figura capital no universo do cineasta, o acaso. Através dos seus sucessivos donos, é a Humanidade que Bresson encena, num filme de uma beleza sublime.
07/01/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1966, Uma Viagem Fantástica
Fahrenheit 451
Grau de Destruição
de François Truffaut
com Julie Christie, Oskar Werner, Cyril Cusack, Caroline Hunt
Reino Unido, 1966 - 113 min
legendado em português | M/12
Único filme de Truffaut falado em inglês e por isso mesmo o objeto mais isolado no interior da sua obra. Num inquietante futuro próximo, dominado pelo audiovisual (as paredes são gigantescos ecrãs de televisão), a leitura tornou-se um ato subversivo e os livros são condenados ao fogo. Fahrenheit 451 é a temperatura a que arde um livro e o protagonista desta adaptação de um romance de Ray Bradbury faz parte da brigada de destruição. Mas uma mulher convence-o a desobedecer à lei e ele torna-se um leitor. Passa então para o outro lado, engrossando a fileira dos “homens-livros” que memorizam as obras para as salvarem do esquecimento.
07/01/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
1966, Uma Viagem Fantástica
Blow-Up
Blow Up – A História de um Fotógrafo
de Michelangelo Antonioni
com David Hemmings, Vanessa Redgrave, Veruschka, Jane Birkin
Itália, Reino Unido, 1966 - 110 min
legendado em português | M/12
Os que viveram na mítica swinging London dos anos sessenta dizem que este é o filme que melhor captou o espírito da cidade naqueles tempos. Baseado num conto de Júlio Cortázar, esta obra-prima de Michelangelo Antonioni é um espantoso exercício de investigação e reflexão sobre as relações entre a realidade e a ilusão, através das peripécias de um fotógrafo que, de ampliação em ampliação, descobre um crime. Ou julga descobrir. A célebre sequência de uma orgia foi, à época, cortada em Portugal.
07/01/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
1966, Uma Viagem Fantástica
Bariera
“A Barreira”
de Jerzy Skolimowski
com Joanna Sczczerbic, Jan Nowicki, Tadeusz Lomnicki
Polónia, 1966 - 80 min
legendado em português
Confirmando uma substituição entretanto já anunciada no programa consultável no sítio Web da Cinemateca, lamentamos informar que, contrariamente ao que fora previsto, o filme ANDREI RUBLIOV não poderá ser exibido hoje, dia 7 de janeiro.
Em sua substituição será exibido, no âmbito do mesmo ciclo, BARIERA (“Barreira”) de Jerzy Skolimowski, (1966, 80 minutos), numa cópia legendada em português.
Visto hoje, BARIERA passa por ser um retrato da melancolia da vida na Polónia comunista, mas ao mesmo tempo das “pulsões de vida” dos polacos. História de um jovem médico em semionírica obsessão por uma mulher “ideal”, BARIERA tem algo a ver com experiências da Nouvelle Vague de tendência resnaisiana, guardando ao mesmo tempo um interesse pela “rua” e pelo quotidiano.
08/01/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
1966, Uma Viagem Fantástica
Cul-de-Sac
O Beco
de Roman Polanski
com Donald Pleasance, Françoise D'Orléac, Lionel Stander
Reino Unido, 1966 - 104 min
legendado em português | M/12
Grande Prémio no Festival de Berlim em 1966. Embora o filme seja uma produção britânica, a sua estrutura narrativa é típica do cinema da Europa Central neste período, oblíqua, indireta, admitindo um sentido subjacente por trás do sentido visível. Este é o filme que melhor define o estilo de Polanski, feito de nonsense e grotesco. Em CUL-DE-SAC, dois bandidos em fuga procuram refúgio num castelo que domina uma ilha isolada na costa da Irlanda e entregam-se a um jogo de poder com o casal que lá habita.