Valorizando uma ideia de não intervenção, NOSSOS IRMÃOS, OS AFRICANOS é apresentado no próprio genérico como “uma reportagem feita ao vivo e não uma obra predelineada. Nele, a objetiva colheu o que o momento imprevisível proporcionou, sem alterações e sem retoques.” Filmado em Moçambique, Angola, e Guiné por uma expedição patrocinada pela Sociedade Dom Pedro II, e realizado pelo brasileiro Ed Keffel, trata-se de um documentário que retrata vários aspetos destas colónias portuguesas assumindo um discurso claro. Dividido em seis partes, cada uma delas centra-se num aspeto concreto, desde a demonstração do progresso dos locais documentados a uma abordagem mais direta da questão racial, aqui tratada como uma “livre e espontânea fusão das raças”. Primeira exibição na Cinemateca. A sessão é apresentada por Teresa Castro, investigadora e professora que tem trabalhado o cinema na sua relação com as outras artes.