28/10/2013, 15h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Sessões Outubro 2013
Three Comrades
Três Camaradas
de Frank Borzage
com Margaret Sullavan, Robert Taylor, Franchot Tone, Robert Young, Guy Kibbee
Estados Unidos, 1938 - 98 min
legendado em português

Um dos mas luminosos melodramas de Frank Borzage, coescrito por F. Scott Fitzgerald, com base num romance de Erich Maria Remarque, ambientado na Alemanha pré-nazi. Três jovens soldados, amigos de longa data, partilham o amor pela mesma mulher, que está a morrer de tuberculose e que com a sua força os ajuda a transcender o drama. Interpretações fulgurantes, e uma Margaret Sullavan mais radiosa do que nunca.

28/10/2013, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Doclisboa: Alain Cavalier

Em colaboração com o Doclisboa’13
Le Combat dans L’île
O Duelo na Ilha
de Alain Cavalier
com Romy Schneider, Jean-Louis Trintignant, Henri Serre, Diane Lepvrier
França, 1962 - 104 min
legendado eletronicamemente em português
segunda passagem em novembro

Romy Schneider e Jean-Louis Trintignant formam um jovem e belo casal protagonista de uma história de obsessão e repressão, que envolve uma célula comunista, um ato de traição, e uma relação amorosa triangular. Produzido por Louis Malle, coescrito com Jean-Paul Rappeneau, com uma belíssima fotografia de Pierre Lhomme (que depois colaborará com Chris Marker, Jean-Pierre Melville ou Bresson), o filme de Cavalier inscreve-se na filmografia da Nouvelle Vague, contemporâneo da guerra da Argélia, cujos reflexos são evidentes na ação dramática.

28/10/2013, 19h30 | Sala Luís de Pina
Fritz Lang – O Tempo do Cinema
Das Wandernde Bild
“A Imagem Errante”
de Fritz Lang
com Mia May, Hans Marr, Harry Frank, Rudolf Klein-Rogge
Alemanha, 1920 - 70 min
mudo, intertítulos em alemão legendados eletronicamente em português

Foi o filme que marcou o princípio da colaboração entre Lang e Thea von Harbou. Considerado perdido durante vários anos, foi recuperado na década de oitenta, ainda que em versão incompleta. A história segue uma jovem viúva de um filósofo famoso que, assediada por um pretendente, procura refúgio nas montanhas onde a espera uma tempestade e um surpreendente desfecho. As cenas nos exteriores naturais são um dos grandes trunfos de “A IMAGEM ERRANTE”, também conhecido como MADONNA IM SCHNEE /”A VIRGEM DA NEVE”, um dos menos vistos filmes de Lang. De notar especialmente “a acumulação heterogénea de elementos de mise en scène respigados aqui e acolá (paisagens e planos em contraluz próximos de Ford, planos descritivos em que a multidão se espalha pela praça da aldeia como em Murnau, interiores que parecem saídos de um melodrama mundano de Evgueni Bauer. (…) Trata-se evidentemente de um engano, pois é pouco provável que os realizadores se tenham influenciado, a não ser pela admiração fraterna (Griffith e a sua ‘escola’ – Stroheim, Walsh, Dwan)” (Pierre Léon).

28/10/2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Fritz Lang – O Tempo do Cinema
Der Müde Tod – Ein Deutsches Volkslied in 6 Versen
A Morte Cansada
de Fritz Lang
com Bernhard Goetzke, Lil Dagover, Walter Janssen, Rudolf Klein-Rogge
Alemanha, 1921 - 100 min
mudo, intertitulos em alemão traduzidos eletronicamente em português

O amor mais forte do que a morte. O filme que consagrou Fritz Lang é uma deslumbrante parábola sobre a vida, o amor e a morte. Uma jovem quer roubar o noivo à Morte, que lhe impõe, como prova, proteger a luz de três velas que correspondem a outras tantas vidas em perigo. A ação desenrola-se em três etapas, uma na Arábia, outra em Veneza, outra na China. “O tratamento espacial revela um salto na estilização. Nele encontramos de novo a subira irrupção das superfícies verticais (…); ou ainda as linhas curvas (…). Com tal rigor, equilíbrio, dimensão visual, e com essa poderosa e insólita confrontação entre as duas figuras, Lang começava já a deixar para trás o (muito) que fizera nesses três anos de imediato pós-guerra. E ainda estava praticamente a começar” (José Manuel Costa).

28/10/2013, 22h00 | Sala Luís de Pina
Tesouros de Bolonha – Homenagem à Cineteca di Bologna

Em colaboração com a Fondazione Cineteca di Bologna | Com o apoio do Instituto Italiano de Cultura de Lisboa
Malombra
O Castelo da Má Sombra
de Carmine Gallone
com Lyda Borelli, G.C. Rizzotto, Consuelo Spada, Amleto Novelli
Itália, 1916 - 70 min
mudo, intertítulos em italiano, legendados eletronicamente em português

Lyda Borelli é outra das muito grandes divas do cinema mudo italiano, onde, vinda do teatro, foi uma presença avassaladora entre 1913 e 1918, ano em que se retirou do cinema. Inspirado num romance de Antonio Fogazzaro, MALOMBRA é tido pelo seu mais significativo trabalho e um filme que inaugurou o gótico no cinema. “O terreno aqui está muito próximo do do melodrama, condimentado com algumas influências derivadas da tradição do fantástico literário. Não é certamente por acaso que, num filme sobre uma mulher enfeitiçada por um castelo, surge expressamente citado (através do plano de um livro) o nome de Edgar Allan Poe” (Luís Miguel Oliveira).