24/04/2023, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A NOITE SAIU À RUA
de Abi Feijó
Portugal, 1988 – 4 min
40.25.04
de vários realizadores
Portugal, 2014 – 6 min
FADO LUSITANO
de Abi Feijó
Portugal, 1995 – 6 min
ESTILHAÇOS
de José Miguel Ribeiro
Portugal, 2016 – 18 min
JANUÁRIO E A GUERRA
de André Ruivo
Portugal, 2008 – 16 min
TIMOR LORO SAE
de José Miguel Ribeiro
Portugal, 2000 - 1 min
O CASACO ROSA
de Mónica Santos
Portugal, 2022 – 9 min
ABRAÇO DO VENTO
de José Miguel Ribeiro
Portugal, 2004 – 3 min
Em A NOITE SAIU À RUA, uma curta-metragem criada a partir de desenhos de João Abel Manta e com temas de José Afonso, somos transportados para um universo sombrio como a noite que antecede a manhã da liberdade – o clima dos anos de ditadura. O Casaco Rosa, que dá nome à curta-metragem de Mónica Santos, é também inspirado num personagem deste período - Rosa Casaco, inspetor da PIDE. No conforto do seu lar, um mundo aparentemente colorido, amoroso e feito de pano, o Casaco Rosa tortura (e costura) os opositores do regime. Um musical político sarcástico e irónico, feito de metáforas, que chama a atenção para o papel essencial deste tipo de figuras na manutenção dos regimes autoritários. 40.25.04, uma curta-metragem realizada coletivamente em 2014 para celebrar os 40 anos da revolução, transporta-nos para o espírito do período pós-revolucionário: os murais que cobriam as paredes do país, e os personagens e entidades que desempenharam um papel crucial naqueles anos – os militares, os cidadãos, os partidos. ESTILHAÇOS e JANUÁRIO E A GUERRA abordam um outro tema no contexto do 25 de Abril, a guerra colonial e as suas consequências na vida dos ex-combatentes – os traumas, a alienação, a solidão (e de que modo a experiência dessa guerra permanece uma presença fantasmagórica em contexto familiar, como na história parcialmente contada pelo pai ao filho em ESTILHAÇOS). Com o 25 de Abril e a descolonização, veio também a necessidade de repensar Portugal. FADO LUSITANO é uma curta-metragem que pretende ser uma autorrepresentação de Portugal e do ser-se português. Neste filme, Abi Feijó conta a História de Portugal, desde a sua formação até à aventura europeia (a entrada na União Europeia), fazendo referência a acontecimentos marcantes, bem como a elementos culturais identificativos. O último filme desta sessão, ABRAÇO DO VENTO, teve como ponto de partida o
Canto do Trabalho de Carlos Paredes, e retrata a relação dinâmica entre a terra e o ferro (a natureza e a produção humana) que resulta na criação de cidades e mundos inesperados, num eterno ciclo de reconstrução e renascimento.
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