A Entrega do Contra-Torpedeiro Douro ao Governo na Presença de Navios de Guerra Alemães e Ingleses | Eram Duzentos Irmãos
A ENTREGA DO CONTRA-TORPEDEIRO DOURO AO GOVERNO NA PRESENÇA DE NAVIOS DE GUERRA ALEMÃES E INGLESES
de Salazar Diniz
Portugal, 1936 - 5 min
ERAM DUZENTOS IRMÃOS
de Armando Vieira Pinto
com Silva Araújo, Manoela Arriegas, Alves da Costa, Aida de Aguiar, Ruy de Carvalho
Portugal, 1952 – 100 min
A presença do mar no cinema português teve, durante o decurso do Estado Novo, contornos de reforço da identidade nacional, sustentada não só na descrição do povo enquanto entidade humilde e trabalhadora, mas também na nobreza da marinha enquanto exemplo maior da participação no cumprimento do desígnio que o mar representa como destino do país. ERAM DUZENTOS IRMÃOS, atribulado filme na sua realização mas filme que marcaria uma nova forma de pensar o cinema enquanto tentativa de indústria, demonstra como o regime, sabendo-o, usou o cinema popular para demonstrar, entre ficção e falso documentário, o papel que a Marinha podia ter na ascensão social. A rocambolesca história de amores e bravura protagonizada por um naipe de atores vindos do teatro conhecidos do grande público, servia de mensagem para demonstrar como a marinha era o lugar onde os rapazes se tornavam valentes garantes do bem da nação. A sessão é completada com a exibição de uma curta que demonstra a tentativa de constituição de Portugal enquanto entidade de relevo na marinha de guerra, pensada para demonstrar, ainda, a eficácia e modernismo da frota naval num entre-guerras onde Portugal jogava um papel de agente que procurava inscrever-se na gestão militar dos mares. A sessão, realizada em colaboração com o Museu Nacional do Teatro e da Dança, será apresentada pelo investigador Paulo Baptista, que refletirá sobre as relações entre imagem e interpretação, a partir da presença dos atores e do seu impacto junto do público, face aos temas que os filmes propunham.
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