01/02/2019, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos, 70 Filmes 2ª Parte: 35 Histórias do Cinema Contemporâneo (II)
O Futebol
de Sérgio Oskman
Espanha, Brasil, 2015 - 70 min | M/12
Partindo da sua relação e distância com o pai, o realizador Sérgio Oskman realizou um documentário semiautobiográfico sobre as relações entre pai e filho no contexto da organização do Campeonato do Mundo de 2014, realizado no Brasil. Sérgio filma não apenas um reencontro de família, após largos anos de separação, como o estado de sítio de um país inteiro que vive e sofre (sobretudo) fora dos estádios com a ficção de um jogo e o destino emocional de uma nação. Desporto e relações de sangue cruzam-se, na proximidade e distância entre pai e filho e o caminho incerto de um país, num dos documentários mais aclamados do cinema brasileiro dos últimos anos. Segunda passagem do filme, mostrado em janeiro.
 
01/02/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
70 Anos, 70 Filmes 2ª Parte: 35 Histórias do Cinema Contemporâneo (II)
Jauja
de Lisandro Alonso
com Viggo Mortensen, Ilse Hughan
Argentina, 2014 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Lisandro Alonso, que já esteve nestas salas a apresentar os seus filmes, é um dos nomes mais destacados do cinema argentino contemporâneo, reconhecido pelas suas ficções minimalistas que interrogam os fundamentos da identidade argentina. JAUJA, filme que contou com uma grande vedeta internacional (Viggo Mortensen, que tem uma costela argentina), é a história enigmática de um marinheiro dinamarquês e da sua filha que, no século XIX, cruzam o interior da Argentina e se encontram com figuras enigmáticas, humanas e animais. Segunda passagem do filme, mostrado em janeiro.
 
01/02/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
70 Anos, 70 Filmes 2ª Parte: 35 Histórias do Cinema Contemporâneo (II)
Sehnsucht
“Saudade”
de Valeska Grisebach
com Andreas Muller, Ilka Welz, Annett Dornbusch
Alemanha, 2006 - 88 min
legendado em inglês e eletronicamente em português
Segundo filme de Valeska Grisebach, entre a estreia com MEIN STERN (já exibido na Cinemateca) e WESTERN (muito recentemente estreado em Portugal). Uma peculiar declinação dos trâmites “realistas”, aliás característica de muitos dos cineastas associados, como Valeska, à “nova escola de Berlim”, e uma história desenrolada num ambiente “operário” que prefigura já um pouco do que WESTERN viria a ser. Um homem, depois de uma noite de copos e dança, acorda ao lado de uma mulher que não é a sua. O que se passou realmente é um mistério para ele, tanto como para os espectadores. Primeira exibição na Cinemateca.
 
01/02/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Ante-Estreias
Alegria Que Vem | Vidros Partidos
duração total da projeção: 68 min | M/12
com a presença de Eduardo Jorge de Oliveira e Maria Filomena Molderprojeção seguida de conversa
ALEGRIA QUE VEM
de Eduardo Jorge de Oliveira
Alemanha, 2018 – 33 min / legendado em inglês
VIDROS PARTIDOS
de Víctor Erice
Portugal, Espanha, 2012 – 35 min

ALEGRIA QUE VEM (ou LA JOIE QUI VIENT, primeira apresentação em Portugal) propõe-se como um filme-ensaio que organiza “uma cartografia da alegria” a partir do encontro de Eduardo Jorge de Oliveira com os filósofos Maria Filomena Molder, em Lisboa, e Jean-Luc Nancy, em Estrasburgo. O texto em off começa assim: “A alegria possui um ou vários sentidos, mas nem sempre tem sentido. A alegria neste filme é trânsito, não apenas viagem, pois circula e propaga-se entre aqueles que se deslocaram e sobretudo pelo que escreveram.” A sessão prossegue com o filme referido por Molder em ALEGRIA QUE VEM, VIDROS PARTIDOS, segmento realizado por Víctor Erice para o coletivo CENTRO HISTÓRICO (em que igualmente participam Manoel de Oliveira, Pedro Costa e Aki Kaurismaki). Erice fixa-se nas memórias de (ex-)operários de uma fábrica centenária de Guimarães, encerrada em 2002. É nas instalações do refeitório da Fábrica de Fiações e Tecidos do Rio Vizela, na região do Vale do Ave, entretanto conhecida como “a fábrica dos vidros partidos”, que se registam as palavras e os rostos de antigos operários.