19/02/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Anos 50 – O Cinema a Meio do Caminho
A King in New York
Um Rei em Nova Iorque
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Dawn Addams, Oliver Johnston, Michael Chaplin
Reino Unido, 1957 - 105 min
legendado em espanhol | M/6
Longe da personagem de Charlot, abandonada em MODERN TIMES (1936), Chaplin, em A KING IN NEW YORK, ajusta contas com os Estados Unidos, cinco anos depois de ter sido praticamente expulso do país. Na sequência de um golpe de Estado, o rei de um país fictício da Europa Central foge para Nova Iorque com boa parte do tesouro do seu país. Uma vez chegado, vê-se envolvido em aspectos da cultura americana com os quais não contava, como o culto do dinheiro e da forma física. Durante uma visita a uma escola, tem um diálogo socrático com uma criança, que é uma crítica aberta à intolerância, que se manifestara durante a "caça as bruxas" do macarthysmo, de que o próprio Chaplin foi vítima.
19/02/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Anos 50 – O Cinema a Meio do Caminho
Party Girl
A Rapariga Daquela Noite
de Nicholas Ray
com Cyd Charisse, Robert Taylor, Lee J. Cobb, John Ireland, Kent Smith
Estados Unidos, 1958 - 99 min
legendado em português | M/12
sessão apresentada por Victor Erice
Uma obra-prima de Nicholas Ray que nos leva à Chicago dos anos trinta e ao império dos “gangsters”, para nos contar a história de amor de um advogado aleijado e corrupto por uma bailarina e a sua redenção. Este veio a ser o último filme de Ray feito em Hollywood e entusiasmou a crítica europeia da época. Filmado em cores magníficas e em CinemaScope. Extraordinária presença de Lee J. Cobb, no papel de um gangster sádico.
22/02/2016, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Anos 50 – O Cinema a Meio do Caminho
Touch of Evil
A Sede do Mal
de Orson Welles
com Charlton Heston, Janet Leigh, Orson Welles, Akim Tamiroff, Marlène Dietrich
Estados Unidos, 1958 - 108 min
legendado em português | M/12
A obra que marca o regresso de Orson Welles aos Estados Unidos, dez anos depois de THE LADY FROM SHANGHAI, é uma alucinante investida no filme negro, e um pungente solilóquio sobre o mal. Welles também domina o filme como intérprete, na figura de um polícia que impõe a sua lei numa cidade de fronteira com o México, fazendo frente a um agente americano que procura libertar a noiva de um bando de traficantes de droga. O genial plano sequência de abertura é um dos melhores da história do cinema, um “tour de force” inimitável.
22/02/2016, 18h30 | Sala Luís de Pina
Anos 50 – O Cinema a Meio do Caminho
Le Amiche
de Michelangelo Antonioni
com Eleonora Rossi Drago, Gabriele Ferzetti, Valentina Cortese
Itália, 1955 - 104 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Baseado na novela Fra Donne Sole de Cesare Pavese (última das três histórias de La Bella Estate), LE AMICHE encerra o que poderíamos considerar como a primeira fase da obra de Antonioni, onde ainda há alguns resquícios do cinema clássico, que desaparecerão a partir do seu filme seguinte, IL GRIDO. Mas se LE AMICHE é menos abstrato do que os filmes que Antonioni realizou nos inícios dos anos sessenta e a sua narrativa não é “desconstruída”, e o filme contém os temas essenciais do realizador: as personagens femininas, a dificuldade de viver, a dúvida existencial. E a perfeição visual deste mestre da forma. O filme tem segunda passagem na sala Luís de Pina a 22, às 18h30.
22/02/2016, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Anos 50 – O Cinema a Meio do Caminho
O Dreamland | Momma don’t Allow | We Are the Lambeth Boys
duração total da sessão: 87 min | M/12
O DREAMLAND, inicialmente previsto para esta sessão, não poderá ser exibido, devido à fragilidade da única cópia disponível. Pelo fato, as nossas desculpas.
O DREAMLAND
de Lindsay Anderson
Reino Unido, 1953 – 13 min / legendado eletronicamente em português
MOMMA DON’T ALLOW
de Karel Reisz, Tony Richardson
Reino Unido, 1955 – 22 min / legendado eletronicamente em português
WE ARE THE LAMBETH BOYS
de Karel Reisz
Reino Unido, 1959 – 52 min / legendado eletronicamente em português
O DREAMLAND e MOMMA DON’T ALLOW são dois exemplos do “corpo” que o “free cinema” ou a sua inspiração foi ganhando ao longo da década de cinquenta. WE ARE THE LAMBETH BOYS, no fim da década, foi já um momento de apogeu. Filmado no verão de 1958 num clube de juventude do sul de Londres (Alford House), WE ARE THE LAMBETH BOYS segue um grupo de adolescentes de quem regista frustrações e aspirações, fixando-se em grandes planos das suas personagens e movimentando-se entre o grupo que formam. Richard Hoggart chamou-lhe “um filme ensaio”, “propõe-se mostrar, não toda a verdade, mas alguns aspectos da verdade, totalmente.” O DREAMLAND é uma primeira exibição na Cinemateca.