22/11/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Werner Schroeter
Em colaboração com o Goethe Institut e a Cinemateca de Munique
IL REGNO DI NAPOLI
O Reino de Nápoles
de Werner Schroeter
com Liana Trouché, Romeo Giro, Tiziana Ambretti, Antonio Orlando
Alemanha, Itália, 1978 - 132 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/16
IL REGNO DI NAPOLI foi o primeiro filme de Schroeter a ter uma distribuição comercial “normal”, mas embora tenha uma fatura menos “experimental” do que outros filmes seus, é fidelíssimo ao universo do cineasta alemão. Trata se da história de duas famílias napolitanas desde o post guerra e dos destinos trágicos por que ficam marcadas. Uma insólita incursão de um cineasta que se destaca pela faceta barroca da sua obra, no que se pode considerar como uma espécie de realismo, ou mesmo um “hiperrealismo”, a que a violência e a ênfase dão outra e alucinante dimensão. Uma das obras primas de Schroeter.
24/11/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
Werner Schroeter
Em colaboração com o Goethe Institut e a Cinemateca de Munique
MACBETH
de Werner Schroeter
com Annette Frier, Susi, Stefan von Haugk, Sigurd Salto, Magdalena Montezuma
República Federal da Alemanha, 1971 - 60 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/16
Feita para a televisão alemã e, por conseguinte, originalmente em vídeo, esta é uma adaptação peculiar da peça de Shakespeare. O texto foi drasticamente reduzido e Schroeter insere certas passagens da ópera de Verdi sobre a mesma peça para substituir cenas que cortara. No desenlace, o realizador funde a peça e a ópera: os atores cantam (como podem) a partitura de Verdi, acompanhados por uma orquestra de tango. Em reação às críticas pouco amáveis que recebeu, Schroeter redarguiu: “Não faço diferença entre o kitsch e a cultura”. Primeira exibição na Cinemateca, a apresentar em cópia digital.
24/11/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Werner Schroeter
Em colaboração com o Goethe Institut e a Cinemateca de Munique
PALERMO ODER WOLFSBURG
“Palermo ou Wolfsburg”
de Werner Schroeter
com Nicola Zarbo, Otto Sander, Ida Di Benedetto, Brigitte Tig
República Federal da Alemanha, Suíça, 1980 - 176 min
legendado eletronicamente em português | M/16
Um dos filmes mais acessíveis de Schroeter, história de um siciliano que emigra para a Alemanha, onde passa a ser operário numa fábrica automóveis. O filme de certa forma prolonga o que alguns à época consideraram um “novo estilo” de Schroeter, já exemplificado em IL REGNO DI NAPOLI, com uma produção mais “profissional” e um universo mais “realista”. Mas PALERMO ODER WOLFBURG também é o filme de um sacrifício, uma paixão laica: filme da passagem da luz à treva, da vida à morte. “Caminho da paixão, comédia divina, PALERMO ODER WOLFSBURG é uma das maiores obras religiosas (no sentido de religação) dos tempos contemporâneos” (João Bénard da Costa).
25/11/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Werner Schroeter
Em colaboração com o Goethe Institut e a Cinemateca de Munique
DIE GENERALPROBE
“Ensaio Geral”
de Werner Schroeter
com Mostéfa Djadjam, Pina Bausch, Pat Olesko, Kazuo Ohno
República Federal da Alemanha, França, 1989 - 90 min
legendado em português | M/12
À partida concebido como um documentário sobre o Festival de Teatro de Nancy, com destaque especial para o trabalho de Pina Bausch, Pat Olesko e Kazuo Ohno, este filme tem a forma de um ensaio sobre o teatro e as artes cénicas em geral. Através de ensaios, representações, entrevistas e conferências, Schroeter expõe a sua ideia de que a representação cénica é uma forma de amor: neste sentido, “o amor e a verdade prometem a salvação, todos os dias” (Dietrich Kuhlbrodt). Primeira exibição na Cinemateca, a apresentar em cópia digital.
25/11/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
Werner Schroeter
Em colaboração com o Goethe Institut e a Cinemateca de Munique
WILLOW SPRINGS
de Werner Schroeter
com Magdalena Montezuma, Christine Kaufmann, Ila von Hasperg
República Federal da Alemanha, 1972-73 - 77 min
legendado em português | M/16
WILLOW SPRINGS é uma das obras mais complexas e radicais do cinema moderno, marcando uma espécie de transição entre aquilo a que se chamou um método de “colagem” de que EIKKA KATAPPA é o exemplo maior e o realismo agónico de DER ROSENKÖNIG, que conta a “história” da relação entre três mulheres que vivem isoladas no deserto. O ponto de partida para o filme, segundo Schroeter, foi a morte de Marilyn Monroe. A apresentar em cópia digital.