06/04/2013, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Em 1994, Rivette decidiu-se bater com a figura de Joana D’Arc, que foi objeto de numerosos filmes, do período mudo aos dias de hoje e ficou marcada para sempre pela versão de Carl Dreyer, realizada em 1928. Sandrine Bonnaire encarna-a perfeitamente, em todas as suas contradições, num filme em duas jornadas que correspondem, simplisticamente descritas, a uma ascensão e a uma queda. O trabalho de releitura, da história e da mitologia, é sustentado numa mise-en-scène prodigiosa, em beleza e necessidade, progressivamente encerrando Joana no seu destino.