CICLO
Olivier Assayas


Depois de surgir no panorama do cinema francês em meados dos anos 80 com DÉSORDRE, Olivier Assayas firmou-se como um dos realizadores europeus mais conhecidos e reconhecidos da sua geração. Entre longas-metragens de ficção e documentários, realizou vinte e seis filmes à data de hoje, sem nunca ter atravessado períodos de inatividade. O seu filme mais recente, APRÈS MAI, foi estreado no passado mês de setembro no Festival de Veneza, onde foi muito bem recebido. Embora tenha formação de cinéfilo (escreveu um livro sobre Kenneth Anger, foi apreciador e conhecedor do cinema asiático de artes marciais, muito antes deste género ter reconhecimento crítico em França), Assayas prolonga a tradição narrativa do moderno cinema francês, mas sem fazer referências ao cinema do passado e sim enriquecendo a sua narrativa com personagens que refletem os tempos que vivem. E estes tempos são de mudança. A este propósito, Olivier Assayas declarou num debate público no Walker Arts Center em 2010: “Muitos realizadores da minha geração e até de gerações depois da minha estavam preocupados em fazer filmes que parecessem filmes e que fossem sentidos como filmes e foram alimentados pela sua experiência de filmes. Isto é uma coisa que sempre me aterrorizou. Para mim, os filmes não devem ser sobre outros filmes. Devem ser sobre a nossa experiência de vida.” Treze anos antes, Assayas declarara a mesma coisa numa entrevista: “O que me interessa no cinema não é o cinema em si, mas aquilo que o cinema, como ferramenta exploratória, apanha nas suas redes”.
A homenagem que a 13ª Festa do Cinema Francês e a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema prestam a Olivier Assayas compreende onze títulos, que proporcionam uma visão panorâmica da sua obra. Poderemos ver o seu primeiro filme, mas também um documentário sobre o Hou Hsiao-Hsien e diversos filmes dos anos 90 e do período 2000-2007, que ilustram a variedade e a qualidade do seu trabalho. E também apresentaremos uma raridade: a versão longa (num total de cinco horas e meia), feita para a televisão, de CARLOS, o filme de Assayas sobre o mais célebre terrorista de finais do século XX. Assayas realizou simultaneamente uma versão para o cinema, que teve distribuição em Portugal. Poderemos ver de uma só vez, em três sessões separadas, a totalidade deste monumento cinematográfico.
 

 
01/10/2012, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo Olivier Assayas

Paris s'Éveille
Paris Desperta
de Olivier Assayas
França, 1991 - 95 min
 
02/10/2012, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo Olivier Assayas

Désordre
de Olivier Assayas
França, 1886 - 91 min
02/10/2012, 22h00 | Sala Luís de Pina
Ciclo Olivier Assayas

Paris s'Éveille
Paris Desperta
de Olivier Assayas
França, 1991 - 95 min
03/10/2012, 19h30 | Sala Luís de Pina
Ciclo Olivier Assayas

Désordre
de Olivier Assayas
França, 1886 - 91 min
03/10/2012, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Ciclo Olivier Assayas

L'Eau Froide
de Olivier Assayas
França, 1994 - 92 min
01/10/2012, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Olivier Assayas

Em colaboração com a 13ª Festa do Cinema Francês e o Institut Français du Portugal
Paris s'Éveille
Paris Desperta
de Olivier Assayas
com Jean-Perre Léaud, Thomas Langmann, Judith Godrèche,
França, 1991 - 95 min
legendado em português

O título do filme é uma alusão a uma célebre canção de Jacques Dutronc, dos anos 60. Nesta sua terceira longa-metragem, Assayas reúne atores de gerações diferentes, num filme centrado à volta da relação pai/filho. Um rapaz de 19 anos vai ter com o pai, que não vê há quatro anos. Este vive com uma jovem toxicodependente, também de 19 anos. Os dois jovens encetam uma relação, que vem complicar a relação entre pai e filho. Usando magnificamente Paris como pano de fundo, como uma metrópole indiferente aos pequenos dramas dos protagonistas, e ritmado pela música de John Cale, PARIS S’ÉVEILLE é um filme de grande rigor formal.

02/10/2012, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Olivier Assayas

Em colaboração com a 13ª Festa do Cinema Francês e o Institut Français du Portugal
Désordre
de Olivier Assayas
com Wadek Stanczak, Anne-Gisel Glass, Lucas Belvaux
França, 1886 - 91 min
legendado em espanhol

DÉSORDRE é a primeira longa-metragem de Olivier Assayas, que reuniu alguns dos jovens atores mais conhecidos do cinema francês da época, como Wadek Stanzack, Ann-Gisel Glass e Lucas Belvaux. O filme tem alguma semelhança com o cinema de André Téchiné, na sua mistura de realismo e de uma trama narrativa que fica deliberadamente não resolvida. Um grupo de jovens músicos assalta uma loja de música e mata acidentalmente o seu proprietário. Pouco a pouco, a relação entre os membros do grupo desfaz-se e a idade adulta começa.

02/10/2012, 22h00 | Sala Luís de Pina
Olivier Assayas

Em colaboração com a 13ª Festa do Cinema Francês e o Institut Français du Portugal
Paris s'Éveille
Paris Desperta
de Olivier Assayas
com Jean-Perre Léaud, Thomas Langmann, Judith Godrèche,
França, 1991 - 95 min
legendado em português

O título do filme é uma alusão a uma célebre canção de Jacques Dutronc, dos anos 60. Nesta sua terceira longa-metragem, Assayas reúne atores de gerações diferentes, num filme centrado à volta da relação pai/filho. Um rapaz de 19 anos vai ter com o pai, que não vê há quatro anos. Este vive com uma jovem toxicodependente, também de 19 anos. Os dois jovens encetam uma relação, que vem complicar a relação entre pai e filho. Usando magnificamente Paris como pano de fundo, como uma metrópole indiferente aos pequenos dramas dos protagonistas, e ritmado pela música de John Cale, PARIS S’ÉVEILLE é um filme de grande rigor formal.

03/10/2012, 19h30 | Sala Luís de Pina
Olivier Assayas

Em colaboração com a 13ª Festa do Cinema Francês e o Institut Français du Portugal
Désordre
de Olivier Assayas
com Wadek Stanczak, Anne-Gisel Glass, Lucas Belvaux
França, 1886 - 91 min
legendado em espanhol

DÉSORDRE é a primeira longa-metragem de Olivier Assayas, que reuniu alguns dos jovens atores mais conhecidos do cinema francês da época, como Wadek Stanzack, Ann-Gisel Glass e Lucas Belvaux. O filme tem alguma semelhança com o cinema de André Téchiné, na sua mistura de realismo e de uma trama narrativa que fica deliberadamente não resolvida. Um grupo de jovens músicos assalta uma loja de música e mata acidentalmente o seu proprietário. Pouco a pouco, a relação entre os membros do grupo desfaz-se e a idade adulta começa.

03/10/2012, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
Olivier Assayas

Em colaboração com a 13ª Festa do Cinema Francês e o Institut Français du Portugal
L'Eau Froide
de Olivier Assayas
com Virginie Ledoyen, Cyprien Fouquet, Laszlo Szabo
França, 1994 - 92 min
legendado eletronicamente em português

L’EAU FROIDE foi realizado para a série do Arte TOUS LES GARÇONS ET LES FILLES DE LEUR ÂGE, que incluía obrigatoriamente uma sequência passada numa festa. A ação passa-se em 1972. Um par de jovens é apanhado a roubar discos numa loja e ela é internada num hospital psiquiátrico. Consegue escapar e os dois voltam a reunir-se numa festa numa casa de campo abandonada e depois numa comuna. A brilhante sequência da festa, que dura cerca de meia hora, é filmada com a câmara na mão, sobre música de Nico, Leonard Cohen, Bob Dylan e outros. Um filme que capta magnificamente o espírito de uma época