11/01/2021, 17h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Seong Chun-Hyang
“Seong Chun-hyang”
de Shin Sang-ok
com Choi Eun-hee , Kim Jin-kyu, Do Kum-bong
República da Coreia, 1961 - 143
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
Shin Sang-ok tem nada menos de três dos seus filmes incluídos neste Ciclo. Realizou mais de oitenta e a sua vida foi marcada por um episódio digno de um filme de espionagem. Depois de uma prolífica carreira como produtor e realizador, ele e a sua mulher foram raptados em 1978 e levados para a Coreia do Norte, forçados a ajudar a outra metade do país a ter uma indústria de cinema. O casal ali permaneceu por oito anos, antes de fugir. Antes disso, Shin Sang-ok realizara dezenas de filmes na Coreia do Sul, o primeiro dos quais em 1952. SEONG CHUN-HYANG (por vezes designado como CHUN-HYANG) adapta um conto clássico da literatura coreana, cujo autor e data são desconhecidos. Trata-se da história de uma mulher que se casa secretamente com o amante, que a seguir parte para Seul, para fazer os seus estudos. Um poderoso magistrado quer a mulher para si, ela recusa, é presa e torturada. Mas o noivo regressa, como agente secreto, para salvá-la. Este foi o primeiro filme coreano a ter sido realizado em cinemascope e a cores e será apresentado numa cópia magnificamente restaurada.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
12/01/2021, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Geomsa-Wa Yeoseonsaeng
“O Procurador e a Professora”
de Yoon Dae-ryong
com Lee Young Ae, Lee Eob-dong
República da Coreia, 1948 - 61 min
mudo, legendado eletronicamente em português | M/12
A trama narrativa deste filme pode ser descrita como um melodrama social. Um pobre órfão é protegido pela professora do liceu onde estuda. Anos mais tarde, ele torna-se procurador e a mulher é ré num processo, por ter acolhido um criminoso em fuga e ser acusada da morte do marido, que morreu acidentalmente. Mas o ponto de interesse do filme é formal. Foi rodado como um filme mudo, sobre o qual foi sobreposta uma narração em
off (chamada
byeon-sa), tal como esta se fazia nos tempos do cinema mudo na Coreia e em outros países (um dos irmãos de Akira Kurosawa exercia esta profissão em Tóquio): uma só voz que descreve o que se passa, comenta brevemente a ação e diz os diálogos. Este trabalho foi feito por Shi-chul, o último narrador
byeon-sa em atividade. O contraste entre a placidez dos atores e o tom intenso da narrativa produz um efeito insólito e o espectador contemporâneo poderá ter uma noção bastante exata do que era a visão dos filmes mudos na Coreia.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
12/01/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Sarangbang Sonnimgwa Eomeoni
“A Mãe e o Hóspede”
de Shin Sang-ok
com Choi Eun-hee, Kim Jin-kyu, Shin Yeong-kyun, Jeon Young-sun
República da Coreia, 1961 - 103 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Segundo dos três filmes de Shin Sang-ok a ter sido incluído neste Ciclo, SARANGBANG SONNIMGWA EOMEONI é um drama organizado à volta de mulheres. Uma miúda vive com a mãe, a avó e a criada, todas viúvas. Um dia, um antigo amigo da família instala-se ali como pensionista. A jovem nutre uma paixão platónica por ele, que por sua vez se apaixona secretamente pela mãe dela e a criança torna-se uma mensageira secreta entre os dois. Uma dilacerante história de um amor que se torna impossível devido aos preconceitos sociais contra um segundo casamento, com a vitória dos valores tradicionais.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
13/01/2021, 15h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Piagol
“Piagol”
de Lee Kang-cheon
com Kim Jin-Kyu, Lee Yechun, Noh Kyung-hee, Heo Jang-kang, Yoon Wang-gook
República da Coreia, 1955 - 110 min
legendado eletronicamente em português | M/12
O título do filme designa uma localidade na Coreia. PIAGOL foi o segundo dos 28 filmes realizados por Lee Kang-cheon e pode ser definido como um filme de guerra, mais precisamente a Guerra da Coreia, um conflito terrível que chegara ao fim apenas dois anos antes e cujas feridas ainda estavam abertas. A ação começa logo a seguir ao armistício, em meio a um grupo de combatentes comunistas que cometem uma série de atrocidades. A unidade do grupo é fendida por ciúmes entre os guerrilheiros, à volta de uma das mulheres, e pela vontade de alguns de romperem com o comunismo. Sem ter a forma de um
epic, de um filme sobre proezas militares, realizado com meios relativamente modestos porém totalmente dominados, PIAGOL nada tem de um filme de propaganda política caricata, o que não deixa de ser extraordinário quando se considera o contexto em que foi feito.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui
13/01/2021, 20h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Clássicos do Cinema Coreano
Em colaboração com a Embaixada da República da Coreia, por ocasião do 60º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas com Portugal
Yeolnyeomun
“Voto de Castidade”
de Shin Sang-ok
com Choi Eun-hee, Shin Young-kyun, Kim Dong-won, Han Eun-jin
República da Coreia, 1962 - 101 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Décima-nona longa-metragem de Shin Sang-ok, YEOLNYEOMUN foi considerado um filme desaparecido durante alguns anos, antes de uma cópia ser encontrada e o filme ser restaurado. Trata-se de um drama situado no campo, num período indefinido, que parece ser o início do século XX. Durante os primeiros quarenta minutos, o filme, a preto e branco e em formato panorâmico, descreve o trabalho nos campos e as relações entre camponeses, antes do drama central se manifestar: uma jovem viúva da classe dominante, tem uma relação com um camponês e engravida. Mas um tabu impõe a castidade às viúvas e o pai da criança é expulso de casa com o bebé. Anos depois, já adulto, o filho da mulher vem à procura dela, mas o tabu da castidade das viúvas se impõe. Apesar do tema, o filme nada tem de melodramático e conta com excelentes interpretações dos atores principais.
consulte a FOLHA DA CINEMATECA aqui