21/10/2021, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
BERLINFIEBER – WOLF VOSTELL
“Febre de Berlim – Wolf Vostell”
de Ulrike Ottinger
RFA, 1973 - 11 min
ALOHA
de Ulrike Ottinger
Alemanha, 2016 – 25 min
DIE BETÖRUNG DER BLAUEN MATROSEN
“O Feitiço dos Marinheiros Azuis”
de Ulrike Ottinger, Tabea Blumenschei
com Valeska Gert, Tabea Blumenschein, Wally Busch
RFA, 1975 - 49 min
Em 1973, Wolf Vostell, um artista ligado ao Fluxus, criou um
happening em que se pedia aos participantes para executarem uma série de ações rituais e obsessivas. Descrito por Ottinger como um registo daquilo a que Vostell chamou “des-col/agem-happening”, o filme ilustra o seu método criativo e é um acto surrealista, uma obra de arte independente e um objecto estranho. Ottinger viria a descrever o seu método como “fragmentos de realidade montados de forma invulgar”. ALOHA é uma dedicatória a Murnau e também a Gauguin, Matisse e os seus outros antecessores cujos corações e olhos se encantaram com culturas estrangeiras. Ao justapor excertos e material não utilizado de TABU a cenas dos seus próprios filmes, a realizadora estabelece um diálogo entre universos ficcionais afastados no tempo e no espaço. Em DIE BETÖRUNG DER BLAUEN MATROSEN, uma jovem mulher pássaro luta com outra mais velha. São observadas por dois marinheiros que se beijam diante de um cenário pintado que tem um rasgo que os transporta para o jardim das delícias terrenas. Uma metamorfose típica do trabalho inicial de Ottinger, em que a narrativa se desenvolve como uma colagem, se falam várias línguas, tudo é instável e se inverte o género de toda a gente. ALOHA é uma primeira exibição na Cinemateca.
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