18/09/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
In Memoriam – Milos Forman, Ermanno Olmi, Nelson Pereira Dos Santos
L’Albero Degli Zoccoli
A Árvore dos Tamancos
de Ermanno Olmi
com Luigi Ornaghi, Francesca Moriggi, Omar Brignoli, Antonio Ferrari
Itália, 1978 - 175 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Ermanno Olmi
Inspirado pelas histórias orais da sua avó, em L’ALBERO DEGLI ZOCCOLI Olmi enceta uma viagem ao passado ao procurar documentar o quotidiano de cinco famílias de rendeiros de uma grande propriedade rural italiana de finais do século XIX. Os trabalhos, as alegrias, as injustiças, a resignação, são aqui reencenados e acompanhados ao pormenor numa imbricação de episódios, cujos protagonistas são camponeses da zona de Bérgamo, que assim enriqueceram esta soberba crónica da vida rural com as suas memórias, objetos ancestrais e com o dialeto local. Uma obra absoluta de Olmi, bem demonstrativa da potência poética do cinema, premiada com a Palma de Ouro em Cannes. A apresentar em cópia digital.
19/09/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
In Memoriam – Milos Forman, Ermanno Olmi, Nelson Pereira Dos Santos
Como Era Gostoso o Meu Francês
de Nelson Pereira dos Santos
com Arduíno Colassanti, Ana Maria Magalhães, Eduardo Imbassahy Filho
Brasil, 1971 - 75 min | M/12
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12
Nelson Pereira dos Santos
Baseado nos diários de um explorador alemão do século XVI, COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS narra as desventuras de um viajante europeu capturado por uma tribo de índios Tupinambás, conhecidos por serem adeptos da antropofagia. É um olhar, em tons de comédia negra muito sarcástica, sobre o colonialismo no Brasil, e sobre as relações entre os brasileiros de origem europeia e as populações indígenas. À época foi um caso de escândalo, por os índios serem filmados nus – depois, uma muito ambígua decisão de um tribunal libertou o filme da ameaça da proibição, decretando que “a nudez dos índios” não podia ser considerada “pornográfica”. Primeira exibição na Cinemateca.
20/09/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
In Memoriam – Milos Forman, Ermanno Olmi, Nelson Pereira Dos Santos
Vedete, Suono uno di Voi
de Ermanno Olmi
com Carlo Maria Martini, Ermanno Olmi
Itália, 2017 - 76 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Ermanno Olmi
O último filme de Ermanno Olmi é um documentário centrado na vida e na obra do Cardeal Carlo Maria Martini (1927-2012), durante décadas Arcebispo de Milão, e uma referência no catolicismo progressista italiano. Entre imagens de arquivo e leituras dos escritos de Martini, Olmi constrói uma evocação e uma homenagem, concluindo a sua obra em absoluta fidelidade a alguns dos principais eixos que nortearam a sua vida e o seu trabalho – sempre reivindicando a importância da fé católica e a proximidade com o povo. Era a única longa-metragem de Olmi que nos faltava mostrar nesta Cinemateca.
21/09/2018, 15h30 | Sala M. Félix Ribeiro
In Memoriam – Milos Forman, Ermanno Olmi, Nelson Pereira Dos Santos
Hair
Hair
de Milos Forman
com John Savage, Treat Williams, Beverly D’Angelo
Estados Unidos, 1979 - 121 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Milos Forman
A cultura (e a “contracultura”) americanas foram um objeto recorrente da curiosidade de Milos Forman. Para o seu primeiro filme após a consagração proporcionada por ONE FLEW OVER THE CUCKOO’S NEST escolheu adaptar um musical da Broadway que no final dos anos sessenta entrara para a mitologia contestatária daquela década: HAIR, sobre um recruta destinado ao Vietname que é “desviado” por um grupo de “hippies” e toma conhecimento com as drogas e o rock and roll.
21/09/2018, 18h30 | Sala Luís de Pina
In Memoriam – Milos Forman, Ermanno Olmi, Nelson Pereira Dos Santos
Bôca de Ouro
de Nelson Pereira dos Santos
com Jece Valadão, Odete Lara, Daniel Filho, Maria Lúcia Monteiro
Brasil, 1963 - 98 min | M/12
Nelson Pereira dos Santos
Foi quando se preparava para filmar VIDAS SECAS (um filme desértico, obra emblemático do Cinema Novo Brasileiro) e as chuvas assolaram a paisagem do nordeste brasileiro, que Nelson Pereira dos Santos aceitou a proposta de Jece Valadão (já seu ator no anterior RIO 40º) para realizar BÔCA DE OURO, que surge assim como um projeto improvisado, de aventuras e influência western. “Uma das obras mais curiosas da sua carreira” (Manuel Cintra Ferreira).