Um dos inúmeros realizadores europeus que fez carreira na Hollywood clássica, Michael Curtiz ficou para a memória coletiva como o homem que assinou CASABLANCA. Em fevereiro, a Cinemateca inicia uma grande retrospetiva em que se propõe percorrer a filmografia de Curtiz, desde os primeiros e pouco conhecidos títulos feitos na Europa até aos derradeiros filmes feitos fora do universo Warner Bros., o estúdio que o acolheu e onde fez praticamente toda a sua carreira nos Estados Unidos.
Nascido Mihály Kertész em 1886 em Budapeste, foi na Hungria e na Áustria que Curtiz se iniciou nas lides do cinema ao mesmo tempo que se tornou um dos pioneiros do cinema em ambos países. O encontro com a Warner dá-se em meados dos anos 1920 quando o estúdio andava à procura de novos talentos no continente europeu. Começa aí a história de uma bela amizade e uma relação que iria durar cerca de três décadas que levou Curtiz a filmar os mais variados géneros (melodramas, policiais, comédias, musicais, westerns, filmes “de época”, de terror, religiosos, biografias), como era comum para grande parte dos realizadores da Hollywood clássica. Mas poucos conseguiram manter o nível de qualidade de Curtiz.
Ao longo dos próximos meses iremos percorrer uma vasta carreira ofuscada por esse mito chamado CASABLANCA. Serão mais de oitenta títulos que comprovam que o ecletismo, a extravagância e a alta competência foram as características principais de Mihály Kertész/Michael Curtiz. Entre a oportunidade de rever alguns grandes clássicos e a descoberta de obras quase totalmente desconhecidas, uma grande aventura espera os espectadores da Cinemateca, repleta de surpresas.
O programa completo pode ser consultado
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