27/09/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
O Destino do Sr. Sousa | Dias Color Naranja
duração total da projeção: 101 min | M/12
O DESTINO DO SR. SOUSA
de João Constâncio
com Rita Blanco, Rita Brutt, Filomena Cautela, Luis Miguel Cintra, Rita Loureiro, Sofia Marques
Portugal, 2009 – 25 min
DIAS COLOR NARANJA
de Pablo Llorca
com Luis Miguel Cintra, Jorge Ferrer, Annie Kay Dählstrom, Astrid Menasanch
Espanha, 2016 – 76 min / legendado eletronicamente em português
Rodado com poucos meios, DIAS COLOR NARANJA foi referido como reflexo de uma atitude de resistência de Pablo Llorca, realizador espanhol que começou a filmar nos anos oitenta e com quem Luis Miguel Cintra iniciou uma relação de trabalho, e de amizade, em finais da década seguinte – TODAS HIEREN (1997) foi a primeira colaboração dos dois. Definido por contraponto ao retrato escuro da Espanha contemporânea das suas longas-metragens anteriores como o seu filme mais luminoso, DIAS COLOR NARANJA centra-se no encontro entre um grupo de adolescentes em viagem de Interrail pela Europa. Alvaro, cujo gosto pela literatura de Dickens liga a uma das raparigas, trava conhecimento com o grupo no comboio para Madrid, em que embarca em Atenas quando aí fica retido em trânsito por causa da erupção vulcânica de 2010 na Islândia. Luis Miguel Cintra interpreta a personagem do padrasta da protagonista, e é a ele que se ouve dizer, “A nostalgia… que medo.” Primeiras exibições na Cinemateca.
28/09/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
Daqui Prá Frente
de Catarina Ruivo
com Adelaide Sousa, António Figueiredo, Marcello Urgeghe, Rita Durão, Luis Miguel Cintra, Isabel Ruth
Portugal, 2007 - 91 min | M/12
Segunda longa-metragem de Catarina Ruivo (ANDRÉ VALENTE é de 2004), DAQUI PRÁ FRENTE segue uma história de amor no seu embate quotidiano, entregando-a a um casal formado por uma esteticista militante num partido de esquerda e um polícia, que trabalham em Lisboa, vivem no Montijo e levam o seu tempo diário nas travessias do rio. As personagens do casal são interpretadas por Adelaide de Sousa e António Figueiredo. Isabel Ruth e Luis Miguel Cintra (que participa da longa-metragem seguinte de Catarina Ruivo, EM SEGUNDA MÃO) entram no filme em participações especiais entregando a sua força às personagens. Primeira exibição na Cinemateca.
29/09/2017, 18h30 | Sala Luís de Pina
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
E não se pode Exterminá-Lo?
de Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo
com Luis Miguel Cintra, Raquel Maria, José Manuel Martins, Carlos Barreto, Jorge Silva Melo, Isabel de Castro
Portugal, 1979 - 156 min | M/12
E NÃO SE PODE EXTERMINÁ-LO? regista a encenação de uma escolha de fragmentos de peças do alemão Karl Valentin por Jorge Silva Melo. Êxito extraordinário, este espetáculo de 1980 tornou-se lendário. Produção do Grupo Zero, do Teatro da Cornucópia e da RTP, o filme foi um dos títulos que resultaram de uma colaboração entre a Cooperativa e a RTP documentando importantes trabalhos da Cornucópia (casos também de MÚSICA PARA SI e VIAGEM PARA A FELICIDADE). Na televisão, foi apresentado em cinco episódios, cuja totalidade é apresentada na Cinemateca pela primeira vez nesta sessão.
30/09/2017, 15h00 | Sala Luís de Pina
Luis Miguel Cintra: O Cinema
Retrospetiva
Le Soulier de Satin
de Manoel de Oliveira
com Luis Miguel Cintra, Patrícia Barzyk, Anne Consigny, Jean Pierre Bernard, Manuela de Freitas, Henri Serre, Anny Romand, Isabelle Weingarten, Marie Christine Barrault, Maria Barroso, Jorge Silva Melo
Portugal, França, 1985 - 406 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Com a presença de Luis Miguel Cintra
Sessão com dois intervalos
Quase sete horas de duração; planos geralmente longuíssimos, no limite material da duração do “magasin”; câmara normalmente imóvel, impondo um único ponto de vista sobre personagens que, também normalmente, estão estáticas e se falam sem se olhar e sem olhar para a câmara, fixando um algures indefinido e não situado; uma extensíssima sucessão de “recitativos” ou “árias” em que uma só personagem (tantas vezes) se espraia em falas de intensa e tensa duração; um texto ideológica e esteticamente avesso a qualquer moda ou gosto dominante. São estas as aparências exteriores do “opus magnum” do cinema português, este LE SOULIER DE SATIN que, em 1985, valeu a Manoel de Oliveira o Leão de Ouro em Veneza. Adaptação integral da obra de Claudel sobre a história de D. Rodrigo de Manacor, personagem interpretada por Luis Miguel Cintra, LE SOULIER DE SATIN é um dos filmes mais ambiciosos alguma vez feitos e é, para alguns, a obra máxima de Oliveira e um dos grandes monumentos da história do cinema.