28/04/2014, 19h30 | Sala Luís de Pina
25 de Abril, Sempre | Parte I. O Movimento das Coisas
Ano 1º - 1º de Maio De 1975 | Jornal Cinematográfico Nacional A (Out. 75), B (Nov. 75), Nº1 (Nov.75), Nº25 (Mai. 77)
duração total da sessão: 48 minutos
Ação e Intervenção
ANO 1º - 1º DE MAIO DE 1975
Portugal, 1976 – 10 minutos
JORNAL CINEMATOGRÁFICO NACIONAL A (OUT. 75), B (NOV. 75), Nº1 (NOV.75), Nº25 (MAI. 77)
Portugal, 1975-1977 – 38 min
Sessão inteiramente dedicada à relação das “atualidades” com a “atualidade política” e à Unidade de Produção nº1, núcleo de produção criado no interior do Instituto Português de Cinema após o 25 de abril com vista à dinamização política, que foi responsável por um conjunto de pequenos filmes de âmbito documental, mas também pelo JORNAL CINEMATOGRÁFICO NACIONAL. Trata-se de um jornal de atualidades com uma grande importância histórica que seguia estilisticamente as fórmulas herdadas das atualidades anteriores, se bem que subordinado a uma nova ordem discursiva, com fortes ligações ao Partido Comunista. Realizado entre os anos de 1975 e 1977, é extremamente interessante perceber como são comentados os acontecimentos que nos são mostrados e o que nos é mostrado.
28/04/2014, 22h00 | Sala Luís de Pina
25 de Abril, Sempre | Parte I. O Movimento das Coisas
Provas para um Retrato em Corpo Inteiro
de José Alves Pereira, José Bogalheiro, Pedro Massano Amorim
com Pauliteiros de Miranda, Maria Albertina, Banda do Casaco, GAC – Vozes na Luta, Eugénio de Andrade
Portugal, 1978 - 95 min
Por uma Cultura Popular
com a presença de José Alves Pereira e José Bogalheiro
Retrato de um país e da sua cultura popular, expressamente realizado para a difundir junto das comunidades emigrantes espalhadas pela Europa. Recusando o planfletarismo que caracteriza grande parte da produção documental deste período pós-revolucionário (e que está bem presente na sessão anterior dedicada à Unidade de Produção nº1) PROVAS PARA UM RETRATO EM CORPO INTEIRO dispensa quase inteiramente a voz off e integra depoimentos e representantes de diferentes tendências musicais (etnográfica, folclórica, ligeira e de intervenção). No final, Eugénio de Andrade lê cinco poemas. Para além da realidade rural de norte a sul do país, o filme integra imagens da primeira projeção de NÓS POR CÁ TODOS BEM, de Fernando Lopes, na aldeia da Várzea dos Amarelos, onde foi filmado.
29/04/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
25 de Abril, Sempre | Parte I. O Movimento das Coisas
O Museu | O Movimento das Coisas
duração total da sessão: 100 min
Por uma Cultura Popular
com a presença de Manuela Serra
O MUSEU
de Rui Simões
Portugal, 1976 – 15 min
O MOVIMENTO DAS COISAS
de Manuela Serra
com participação do povo de Lanheses
Portugal, 1985 – 85 min
O MOVIMENTO DAS COISAS é um dos filmes mais curiosos que nas décadas de setenta e oitenta abordaram o universo rural do norte português. Começado a desenvolver no interior da Cooperativa VirVer, em cujos projetos Manuela Serra trabalhou durante vários anos, só seria concluído algum tempo depois. Contudo, tudo aquilo que terá sido a razão de ser da maior parte dos outros filmes parece ter sido depurado, senão eliminado. A sua simplicidade só parece ter paralelo na discrição com que foi recebido (nunca chegou a estrear comercialmente). Precisará este “filme sobre o tempo” de uma prova do tempo? O MUSEU, curta-metragem de Rui Simões desenvolvida no âmbito da VirVer (que contou com a colaboração de Manuela Serra) centra-se no trabalho mineiro da região de São Pedro da Cova, sendo esta a sua primeira apresentação na Cinemateca.
30/04/2014, 15h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
25 de Abril, Sempre | Parte I. O Movimento das Coisas
Continuar a Viver – Os Índios da Meia Praia
de António da Cunha Telles
com José Veloso, José Romão/Foinhas, Fernando Romão, pescadores da Meia Praia
Portugal, 1976 - 108 min
Por uma Cultura Popular
com a presença de António da Cunha Telles
Cunha Telles filmou a experiência levada a cabo após o 25 de abril de 1974 na comunidade piscatória da Meia Praia, em Lagos: entre 74 e 76 foi ensaiado um projeto que implicou a substituição das casas tradicionais por moradias de pedra e a tentativa de criação de uma cooperativa de pesca. OS ÍNDIOS DA MEIA PRAIA conta com a célebre e lindíssima canção de Zeca Afonso. Esta projeção é uma ponte para a retrospetiva Cunha Telles, que começará em breve na Cinemateca.
30/04/2014, 21h30 | Sala Dr. Félix Ribeiro
25 de Abril, Sempre | Parte I. O Movimento das Coisas
Gestos & Fragmentos
de Alberto Seixas Santos
com Otelo Saraiva de Carvalho, Eduardo Lourenço, Robert Kramer
Portugal, 1982 - 90 min
versão original legendada em inglês
Interrogar a Revolução
Também programado em "A Cinemateca com o IndieLisboa | Director's Cut em Contexto"
com a presença de Alberto Seixas Santos
“Ensaio sobre os militares e o poder”, frase que também pertence ao título de GESTOS E FRAGMENTOS, resume o espírito do filme, assente em três pontos de vista sobre o mesmo tema: os de Otelo Saraiva de Carvalho e de Eduardo Lourenço, nos seus próprios papéis, e o protagonizado por Robert Kramer, como um jornalista americano embrenhado na procura de explicações para o processo tomado pela Revolução portuguesa. “Certeiro e mortífero”. Um dos mais impressionantes olhares cinematográficos sobre a revolução de abril. O filme também está programado “em contexto” nas sessões “A Cinemateca com o IndieLisboa”.