05/04/2014, 19h00 | Sala Dr. Félix Ribeiro
VERÃO COINCIDENTE
Portugal, 1962 – 13 min
de António de Macedo
NOJO AOS CÃES
de António de Macedo
com Avelino Lopes, Clara Silva, Eduarda Pimenta, Helena Balsa, Hilda Silvério
Portugal, 1970 – 93 min
VERÃO COINCIDENTE, a obra inaugural de Macedo, parte do motivo do calor interpretando um poema de Maria Teresa Horta e revelando a singularidade da aproximação experimental do realizador: “O filme foge aos cânones correntes da nossa produção. […] é um filme de feição modernizada, de montagem abrupta, gritante, de imagens insólitas” […] Macedo é um teórico que quer experimentar as suas teses e, como motivo central do seu pensamento, romper com a linguagem estabelecida, atingir uma expressão fílmica diferente” (Luís de Pina). De registo experimental e temática contestatária, adotando premissas do cinema direto, a terceira longa-metragem de António de Macedo foi produzida pelo próprio e a expensas suas, o apoio da Valentim de Carvalho e da Ulyssea Filme. A ação de NOJO AOS CÃES dura o tempo da projeção do filme seguindo uma manifestação de estudantes que termina com a intervenção da polícia política. Proibido pela censura, foi exibido nas edições de 1970 dos festivais de Bérgamo e de Benalmadena, onde foi distinguido com o prémio da Federação Internacional dos Cineclubes. Foi ainda premiado no Festival de Valladolid 1970.