Pode ser considerado uma variação de um dos mais célebres filmes de Ozu, “NASCI, MAS…, de 1933. Contrariamente à quase totalidade das obras-primas realizadas por Ozu na fase final da sua carreira, OHAYO é uma comédia e não aborda o tema da dissolução de uma família, mas apenas um momento de crise causado por dois miúdos. As crianças fazem greve de silêncio para protestar contra o facto de os pais se recusarem a comprar uma televisão. A realização de Ozu, como sempre rigorosa e perfeita, tece um filme que, ao invés de mostrar o fim de uma vida, ou de uma família, mostra uma continuidade, a aceitação da mudança. Um dos filmes em que o cineasta trabalha exemplarmente a cor.
Consulte a FOLHA DA CINEMATECA JÚNIOR aqui.