02/09/2019, 21h30 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Limelight
Luzes da Ribalta
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Claire Bloom, Buster Keaton, Sydney Chaplin, Norman Lloyd
Estados Unidos, 1952 - 137 min
legendado em espanhol e eletronicamente em português | M/12
Jorge de Sena, Cendrada Luz
O filme em relação ao qual João Bénard da Costa aventou um dia a hipótese de ser “o melhor melodrama de todos os tempos”. Chaplin depois de Charlot, numa história de envelhecimento e de passagem por quem teve o segredo da arte do cinema de uma ponta à outra do seu percurso, e que, numa das alturas mais contraditórias da sua vida (entre um novo equilíbrio pessoal e a ameaça de uma rutura forçada com os EUA) convertia a irrisão em lágrimas. Perto do fim, um dos mais extraordinários encontros de gigantes de todo o cinema (Chaplin e Keaton) numa cena baseada na pura arte do olhar e do gesto, ou seja, o centro do centro desta arte das imagens em movimento. Embora Jorge de Sena não tenha escrito, que se saiba, crítica alusiva a LIMELIGHT, este seria certamente um dos filmes que consigo levava para a tal ilha deserta. E a Chaplin dedicou um dos seus mais belos textos sobre cinema – “Charlot, Hoje e Sempre”.
03/09/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Limelight
Luzes da Ribalta
de Charles Chaplin
com Charles Chaplin, Claire Bloom, Buster Keaton, Sydney Chaplin, Norman Lloyd
Estados Unidos, 1952 - 137 min
legendado em francês e eletronicamente em português | M/12
Jorge de Sena, Cendrada Luz
O filme em relação ao qual João Bénard da Costa aventou um dia a hipótese de ser “o melhor melodrama de todos os tempos”. Chaplin depois de Charlot, numa história de envelhecimento e de passagem por quem teve o segredo da arte do cinema de uma ponta à outra do seu percurso, e que, numa das alturas mais contraditórias da sua vida (entre um novo equilíbrio pessoal e a ameaça de uma rutura forçada com os EUA) convertia a irrisão em lágrimas. Perto do fim, um dos mais extraordinários encontros de gigantes de todo o cinema (Chaplin e Keaton) numa cena baseada na pura arte do olhar e do gesto, ou seja, o centro do centro desta arte das imagens em movimento. Embora Jorge de Sena não tenha escrito, que se saiba, crítica alusiva a LIMELIGHT, este seria certamente um dos filmes que consigo levava para a tal ilha deserta. E a Chaplin dedicou um dos seus mais belos textos sobre cinema – “Charlot, Hoje e Sempre”. A apresentar em cópia digital.
04/09/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Erros Meus | Les Visiteurs du Soir
duração total da projeção: 138 min | M/12
Jorge de Sena, Cendrada Luz
com a presença de Jorge Cramez
ERROS MEUS
de Jorge Cramez
com Luis Miguel Cintra, Isabel Ruth
Portugal, 2000 – 15 min
LES VISITEURS DU SOIR
Trovadores Malditos
de Marcel Carné
com Arletty, Alain Cuny, Jules Berry
França, 1942 – 123 min / legendado em português
ERROS MEUS é a camoniana curta-metragem de Jorge Cramez, adaptada de uma história de Jorge de Sena, que Luis Miguel Cintra ilumina ao lado de Isabel Ruth: Camões, na velhice, é um homem doente, sifilítico, incapaz de se movimentar, de suportar as dores e tormentas que o mortificam, mas dentro dele há uma voz que fala no silêncio da noite. Conforme Jorge de Sena escreveu à época, “LES VISITEURS DU SOIR, é um filme em que a poesia, a ironia, a música, o sentido alegórico e a técnica cinematográfica aliadas a alguns séculos de consciência e de cultura, se conjugam para formar uma obra que, se não é uma das obras-primas do cinema, é sem dúvida uma das mais belas e interessantes que o cinema europeu produziu”. No filme ambientado na Idade Média, a partir de um argumento de Jacques Prévert e Pierre Laroche, muitos viram uma parábola da resistência francesa à ocupação alemã: o diabo incumbe um casal de trovadores da missão “desesperar o mundo”, enviando-o ao castelo de um barão que celebra o noivado da filha. Os dois amantes acabam petrificados, mas mesmo debaixo da pedra os seus corações continuarão a bater.
05/09/2019, 18h30 | Sala Luís de Pina
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
O Escritor Prodigioso | Sinais de Vida – Breve Sumário da Vida e da Obra de Jorge de Sena
duração total da projeção: 138 min | M/12
Jorge de Sena, Cendrada Luz
com a presença de Joana Pontes
O ESCRITOR PRODIGIOSO
de Joana Pontes
Portugal, 2005 – 62 min | M/12
SINAIS DE VIDA – BREVE SUMÁRIO DA VIDA E DA OBRA DE JORGE DE SENA
de Luís Filipe Rocha
com Luis Miguel Cintra, Clara Joana, Costa Ferreira
Portugal, 1984 – 76 min
O ESCRITOR PRODIGIOSO, realizado por Joana Pontes, é um documentário sobre a vida e a obra de Jorge de Sena, baseado em testemunhos da sua viúva Mécia de Sena, e de personalidades que com ele se cruzaram, como Fernando Lemos, Hélder Macedo, José Saramago, José-Augusto França, Eduardo Lourenço e João Bénard da Costa. Onze anos antes de adaptar ao cinema Sinais de Fogo, Luís Filipe Rocha abordou em SINAIS DE VIDA diversos temas da obra de Jorge de Sena (a morte, o erotismo, o exílio, o mar) numa mistura entre real e imaginário, ficção e poesia.
06/09/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Jorge de Sena e Sophia de Mello Breyner Andresen em Correspondência - Jorge de Sena, Cendrada Luz / Sophia de Mello Breyner Andresen: Sirvo para que as coisas se vejam
Miracolo a Milano
O Milagre de Milão
de Vittorio De Sica
com Emma Grammatica, Francesco Golisano, Paolo Siopa
Itália, 1951 - 100 min
legendado eletronicamente em português | M/12
Jorge de Sena, Cendrada Luz
“É uma fábula, e a minha única intenção é tentar um conto de fadas do século XX” (De Sica). Esse “conto de fadas” anda à volta de Toto, um jovem angélico que vê a beleza e a bondade por todo o lado. Procurando reconstruir o bairro de lata onde vive ao lado dos outros habitantes, descobre petróleo na área. Os capitalistas lançam-se ao assalto e Toto e a avó (uma fada) levam os deserdados para um paraíso longínquo que, à época, muitos identificaram como a URSS. “No futuro não precisaremos da história para compreender obras destas, a história é que precisará de se referir a elas para compreender a época em que surgiram” (Sena, 1952).