Search for:
Entrada
A Cinemateca
Apresentação
História
Missão e Atividades
Mensagem da Direção
Visão e Valores
Organização
Instrumentos de Gestão
Procedimentos Concursais
Notícias
Destaques
Programação
Exposições
Exposições temporárias
Exposição permanente
Cinemateca Júnior
Coleções
Filme e Vídeo
Biblioteca e Arquivo Fotográfico
Equipamentos - Museu
Serviços
Arquivo Fílmico e Videográfico
Laboratório
Biblioteca e Arquivo Fotográfico
Salas de Cinema
Amigos da Cinemateca
Projetos
Livraria
Restaurante
Cinemateca Digital
Contactos
Entrada
>
Programação
maio de 2024
d
s
t
q
q
s
s
28
29
30
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
1
2
3
4
5
6
7
8
Ciclos
Cinemateca Júnior – Sábados em Família
Ir ao Cinema em 1974
A Cinemateca com a Festa do Cinema Italiano: O Outro 25 de Abril
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Moçambique
FILMar: Chegada a Bom Porto
Abril 50 - Programa Especial
O Que Quero Ver
Sessão Especial de O Outro Teatro
Inadjectivável
Com a Linha de Sombra
Instalação SEMPRE
Cinemateca Júnior – Sábados em Família
Ir ao Cinema em 1975
Do Cinema de Estado ao Cinema Fora do Estado: Guiné-Bissau
A Cinemateca com o IndieLisboa
In Memoriam Micheline Presle
A Cinemateca com o FIMFA
Com a Linha de Sombra
Ante-Estreias
Inadjectivável
O Que Quero Ver
Pesquisa
Search for:
CICLO
A Cinemateca com o Indielisboa: Anna Karina
A colaboração entre a Cinemateca e o IndieLisboa, em 2019 na sua 16ª edição, resulta na programação e organização de uma retrospetiva dedicada a Anna Karina (que o Indie elege como “Heroína Independente 2019”) e retoma a apresentação, na Cinemateca, da secção do festival “Director’s Cut”, em rima com sessões “em contexto”, refletindo a História do cinema, a sua memória e o seu património. O programa acompanha as datas do festival, que decorre em Lisboa entre 2 e 12 de maio. No caso da retrospetiva Anna Karina, estende-se até 17 de maio com cinco apresentações de filmes em segunda passagem.
Anna Karina
Já foi dito e é verdade: não é preciso apresentá-la. Anna Karina é uma estrela do cinema europeu, uma das maiores, a do mais luminoso brilho irradiado dos anos sessenta da
Nouvelle Vague
francesa, a que protagonizou um “capítulo” decisivo na obra de Jean-Luc Godard nessa época em que formaram um par incomparável, e prosseguiu o seu caminho. Atriz icónica do cinema contemporâneo dessa vaga, em que foi Veronica Dreyer, Angela Récamier, Nana Kleinfrahenheim, Odile, Natacha von Braun, Marianne Renoir, Paula Nelson e de novo Natasha ou Eleanor Romeovich, na pele das personagens compostas nos oito filmes com Godard. Foi também a religiosa Suzanne Simonin de Jacques Rivette, que mais tarde a volta a filmar como cantora de nome Sarah, ou a
Anna
do filme homónimo de Pierre Koralnik a partir de música e canções de Serge Gainsbourg, outros dos títulos incontornáveis dos mais de 60 da filmografia em curso.
Nascida em Copenhaga em 1940, modelo e cantora muito nova, estreou-se no cinema na Dinamarca, com a curta-metragem PIGEN OG SKOENE / “A RAPARIGA DOS SAPATOS”, de Ib Schmedes (1959), creditada com o seu nome de batismo, Hanna Karin Blarke Bayer. Foi em Paris, onde chegou intempestiva em 1958, que Coco Chanel lhe deu o nome profissional, Anna Karina. Assim a conheceu Godard, que não a levou para À BOUT DE SOUFFLE mas a levou para LE PETIT SOLDAT, que havia de estrear depois do CinemaScope colorido de UNE FEMME EST UNE FEMME, em que Karina canta e dança e rodopia, com Jean Paul-Belmondo, Jean-Claude Brialy e a câmara numa roda-viva de leveza à volta dela. É de VIVRE SA VIE o muito célebre grande plano de Karina em lágrimas numa sala escura perante a projeção das imagens de Renée Falconetti em LA PASSION DE JEANNE D’ARC de Carl Th. Dreyer. Em ALPHAVILLE, as lágrimas também acabam por vir-lhe aos olhos, “Ô bien aimée de tous, bien aimée d’un seul”. É ela, como Marianne Renoir, quem chama Pierrot ao Ferdinand de Belmondo e o sabe “fou”. “Nunca houve falsas lágrimas”, disse Karina mais tarde, também confirmando que era dela, Anna, a frase “Qu’est ce que je peux faire, je sais pas quoi faire”, antes de Marianne a repetir de tédio à beira-mar. A sua religiosa, por Rivette a partir de Diderot, deu brado no cinema, mas aconteceu antes num palco dos Campos Elísios onde Rivette a dirigiu no teatro.
Além de Godard e Rivette, Anna Karina trabalhou com cineastas importantes, tendo sido dirigida por uma série de realizadores desde os anos sessenta ao longo do percurso que assumiu dimensão internacional. O primeiro filme de Michel Deville, CE SOIR OU JAMAIS (1961, que estreia em França antes de UNE FEMME EST UNE FEMME) é protagonizado por Karina, que é, também ela, argumentista e realizadora: VIVRE ENSEMBLE (1973, rodado em Paris e Nova Iorque) é escrito, produzido, realizado e interpretado por Karina que o descreve como “um filme exclusivamente baseado nos sentimentos. Só acredito nos sentimentos, nos movimentos da alma”.
Relevando a filmografia de Anna Karina no contexto da Nouvelle Vague francesa e para lá dela, esta ambiciosa retrospetiva da Cinemateca e do IndieLisboa sublinha a intensidade variada do seu trabalho: a totalidade dos seus filmes com Godard, os filmes com Valerio Zurlini, Jacques Rivette, Luchino Visconti, George Cukor, Volker Schlöndorff, Rainer Werner Fassbinder. Entre os títulos mais raros, a curta-metragem dinamarquesa da sua estreia em 1959, a sua longa-metragem de 1973, VIVRE ENSEMBLE, ou ANNA, de Pierre Koralnik, inédito em Portugal. Associado à secção “Director’s Cut” do festival, numa outra ramificação da colaboração entre a Cinemateca e o IndieLisboa, é apresentado o recente documentário de Dennis Berry em que Anna Karina comenta o seu percurso (ANNA KARINA, SOUVIENS-TOI).
Anna Karina está em Lisboa entre 5 e 9 de maio a acompanhar a retrospetiva na Cinemateca, para apresentar alguns dos seus filmes e participar num encontro especial com o público no dia 8 de maio, às 19 horas.
16/05/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo
A Cinemateca com o Indielisboa: Anna Karina
Michael Kohlhaas, Der Rebel
Michael Kohlaas, O Rebelde
de
Volker Schlöndorff
Alemanha, 1969 - 99 min
17/05/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
Ciclo
A Cinemateca com o Indielisboa: Anna Karina
La Religieuse
A Religiosa
de
Jacques Rivette
França, 1966 - 135 min
<<
<
1
2
3
4
5
6
>
>>
16/05/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Indielisboa: Anna Karina
Em colaboração com Indielisboa – Associação Cultural
Michael Kohlhaas, Der Rebel
Michael Kohlaas, O Rebelde
de
Volker Schlöndorff
com
David Warner, Anna Karina, Thomas Holtzmann, Michael Gothard
Alemanha, 1969 - 99 min
legendado em sueco e eletronicamente em português | M/12
Baseado no conto homónimo de Heinrich Von Kleist (1810) a partir de uma história verídica (de meados do século XVI) admirada por escritores como Goethe e Kafka graças ao poderoso livro de Kleist, o filme de Volker Schlöndorff centra-se na personagem titular. O negociante de cavalos Michael Kohlhaas (David Warner) é obrigado a pagar um imposto a um aristrocrata descobrindo que foi enganado, o que o leva a exacerbar um inato sentimento de justiça. Anna Karina interpreta a personagem da sua mulher, Elizabeth. A apresentar na versão inglesa, a única disponível para circulação a esta data. Primeira exibição na Cinemateca.
17/05/2019, 19h00 | Sala M. Félix Ribeiro
A Cinemateca com o Indielisboa: Anna Karina
Em colaboração com Indielisboa – Associação Cultural
La Religieuse
A Religiosa
de
Jacques Rivette
com
Anna Karina, Liselotte Pulver, Francisco Rabal
França, 1966 - 135 min
legendado em inglês e eletronicamente em português | M/12
A segunda longa-metragem de Rivette adapta o romance homónimo de Diderot sobre uma jovem que é posta num convento à sua revelia. Antes mesmo de ser realizado, o filme desencadeou uma cabala de políticos conservadores, que fizeram com que fosse proibido, o que gerou um enorme escândalo. Só foi autorizado depois do título ser alterado para SIMONE SIMONIN, LA RELIGIEUSE DE DENIS DIDEROT, embora nunca ninguém se tenha referido assim ao filme. Muito diferente do estilo que Rivette adotaria a partir de L’AMOUR FOU (1969), rigoroso e rarefeito, extremamente “escrito”, LA RELIGIEUSE conta com um desempenho excecional de Anna Karina no papel principal. A apresentar em cópia digital.